Студопедия — Государственное автономное образовательное учреждение 4 страница
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Государственное автономное образовательное учреждение 4 страница






- Oi Kemi. – Sam disse com um sorriso ao entrar no quarto. A moça estava sentada na cama, amarrando sua bota.
- Sam... Você precisa aprender a bater na porta. – Kemily disse rindo e lembrando-se que da última vez estava de sutiã. Ele riu meio sem jeito.
- Então vocês vão embora hoje também? – Sam se sentou ao lado dela. Imediatamente ela se levantou, indo pentear os cabelos.
- Yep. Não temos tempo a perder. – Ela respondeu e ele quase pôde ouvir um suspiro de infelicidade no final da frase. – O mundo precisa de nós.
Não agüentaram e começaram a rir. Era óbvio que ela tinha dito aquilo de propósito, mas acabou soando mais ridículo do que esperava. Ao pararem ficaram um tempo em silêncio. Ele observava as ondas dos cabelos dela se espalhando pela escova.
- Sabe o que eu estava pensando...? – Sam perguntou ainda meio em alfa.
- Que eu sou linda?
- Isso eu não penso, tenho certeza. – Ele respondeu rindo. Kemily tentou esconder as bochechas vermelhas atrás do cabelo. – Você ainda tem que me pagar por aquele empréstimo.
- Qual? – Não, ela não estava brincando com ele. Era sério. Estava tão preocupada em repassar as coisas que tinham que levar na viagem que aquele tipo de conversa simplesmente não se processava.

Sam se limitou a dar um pequeno sorriso e continuar olhando para ela.

- O. Que. Foi? – Kemily perguntou deixando a escova em cima da cômoda e olhando para ele com certo... Receio.
Ele riu divertidamente. Inclinou-se para frente, esticando-se ao máximo, e segurou-a pelo pulso, puxando-a para a cama junto com ele. Ela caiu sobre Sam e os dois ficaram rindo.
- Eu gosto de você, Sam. – Ela disse de repente. Os dois ficaram sérios. – Muito até.
Ele passou os dedos pelos cabelos dela, que formavam uma cortina ao redor de seu rosto. Acariciou lentamente a bochecha da moça enquanto ela sentia tudo de olhos fechados. Kemily soltou um suspiro involuntário.
- Eu também gosto muito de você. – Ele disse num sussurro, naquela voz grossa e rouca.
Foi tão rápido que ela só percebeu o que estava acontecendo quando sentiu os lábios dele grudados nos seus, enquanto aquelas mãos grandes afagavam seus cabelos. De repente, só notou que já tinham deslizado até sua cintura, na altura da calça.
Discretamente, Sam foi descendo suas mãos até segurar uma das coxas dela, enquanto a outra mão segurava a nuca da moça. Em um movimento rápido, fez com que rolassem para o lado e logo estava por cima. Kemily deu um sorrisinho entre os beijos.
Nem perceberam como, mas Sam já estava sem a sua clássica camisa xadrez. Ela deslizou as mãos até chegar aos braços dele, segurando-os de leve. Passou uma de suas pernas pela dele, enroscando-as. Finalmente tomou impulso... Mas não deu certo. E olha que tinha usado uma força consideravelmente grande.

Sam a estava segurando. E era muito mais forte do que ela.

- Ah, isso já é maldade... – Ela disse baixinho e só o viu sorrindo, antes de voltar a beijá-la.

Indianara teve uma pequena dificuldade para finalmente arrancar a blusa de Dean. Primeiro foi a jaqueta de couro - jogada para fora do carro – e depois a camisa verde, que não queria de jeito nenhum passar pelos braços dele.
Com um pouco de brutalidade, a camisa indesejada finalmente saiu de lá e foi jogada no banco ao lado, junto com a faca. E, por fim, a camiseta preta foi jogada no banco de trás.
Dean se inclinou um pouco para frente junto com ela, o que acabou fazendo com que a buzina tocasse. Os dois começaram a rir, mas logo ignoraram. Ele demorou, mas conseguiu soltar a trança da moça, levando um tapa em seguida. Tanto trabalho para nada...

Algum tempo depois, por alguma razão, pararam. Só assim perceberam que precisavam de ar. Isso fez com que se encarassem.

Dean a olhava nos olhos, assim como ela fitava aqueles olhos esverdeados. Parecia que ambos sentiam a mesma coisa: estavam juntos, mas algo incomodava...
- Não. – Ela disse de repente, em um tom de voz seco. Dean ficou olhando sem entender.
- O quê? – Ele perguntou achando que não tinha ouvido direito.
- Não.
- Mas nós podemos... – Dean ia começar a criar uma situação, mas ela pousou os dedos nos lábios dele, fazendo-o se calar.
- Você viu o que aconteceu hoje. Alguém tinha que se colocar em perigo. – Ela começou a explicar. Ele abriu a boca e ela o impediu de falar novamente. – Se fosse só você e o Sam, dariam um jeito. Mas aquele tipo de indecisão é prejudicial numa caçada.
- E você prefere ser extremamente racional então? – Ele perguntou depois de alguns momentos de silêncio.
- Se eu e o Sam estivéssemos em perigo, nós dois gritando o seu nome, quem você ajudaria? – Indianara perguntou e Dean não sabia o que falar.
Continuou encarando a moça com o olhar normal, mas com milhões de coisas passando pela cabeça. Finalmente abriu a boca para responder, mas não conseguiu dizer nada. Voltou a encará-la.
- Você tem razão. – Ele declarou finalmente. – Não vai dar certo.
Beijaram-se novamente. Ela se inclinou para pegar a blusa dele que estava jogada no banco de trás. Logo em seguida, pegou a faca e saiu do carro.
- Você fica tão bem sem blusa... – Ela comentou andando e se sentando no capô do Impala, começando a fazer a trança. Novamente.
- Imagino você sem, linda. – Dean rebateu enquanto colocava a camisa verde, já fora do carro. Pegou a jaqueta e jogou no capô, apoiando-se ao lado dela. – Gosto mais do seu cabelo solto.
- Que romântico. – Indianara respondeu ironicamente e deu um selinho nele. – Acho que paguei minha dívida, né? Daquele beijo com juros da última vez...
- Ah... Não. – Ele disse e ela ficou olhando indignada. – Agora você tem mais dívidas. Vou cobrar esse beijo... – E apontou para dentro do carro. – Com juros.
- Meu Deus, da próxima eu não sobrevivo...
- Ei... Você acha que os dois estão se divertindo lá dentro? – Dean perguntou com um sorriso sapeca no rosto. Ela lançou um olhar repreensivo. – O que foi?
Não precisaram de mais nada. Começaram a caminhar juntos em direção ao quarto, com sorrisos maldosos estampados no rosto.

O dia já estava quente. E parece que tinha ficado ainda pior para Kemily e Sam. Se estavam suados? Bom, acho que isso dá para concluir logo de cara.
Ela tentava de todas as maneiras possíveis imagináveis ficar por cima. Mas Sam estava se divertindo em segurá-la por lá. Ria quando ela começava a xingar, morder e – quando realmente saia do sério – tentava bater.
- Sam... Você não presta. – Ela conseguiu falar entre beijos. A única resposta que obteve foi um beijo sorridente.
Claro que aquele tipo de resposta era mais que suficiente. Mas já estava começando a tomar aquilo como um desafio... Então ele podia fazer o que quisesse, ela não desistiria tão fácil de mudar a situação.
Sam deslizou as mãos para o quadril dela, puxando para cima. Kemily respirou fundo... Pra onde tinha ido toda a porcaria do oxigênio naquele quarto?! Assim não dava mais!
Em um movimento rápido, conseguiu entrelaçar as pernas nas dele e em seguida segurou a nuca de Sam... Com toda a força que conseguiu achar, tomou o impulso.

E finalmente conseguiu.

Até ele olhava abismado para ela. Kemily se sentou e ficou respirando durante um tempo, mas ainda o prendendo com as pernas.
- Ar, Sam. Eu necessito de ar. É biologicamente requisitado. – Ela disse respirando fundo e ele começou a rir.
- Já ta sem ar? – Ele perguntou em um tom que beirava a arrogância. Kemily lançou um olhar indignado.
- Só por causa disso, vou demorar mais tempo do que realmente iria. – Ela deu de ombros. – Respirar os cinco por cento de oxigênio restantes por aqui.
- Acho que você não agüenta.
- Quer apostar?
Kemily estava com um sorriso convencido no rosto, assim como Sam. Os dois se encaravam e já estavam quase rindo da bobeira. Só que, competitiva do jeito que era, ela resolveu demorar mesmo. Sam só ficou encarando.
- Que foi? Você me encheu, agora agüenta! – Kemily disse cruzando os braços.
- Ah, é? – Ele perguntou com a mesma expressão que estava antes de puxá-la para a cama. Só que mais... Medonha.
E começou a se mexer. Imediatamente ela sabia que ele ia virar a situação e nunca mais ela teria a chance de se virar novamente.
- Sam! Para! Sam! – Ela começou a gritar, apoiando no peito dele e tentando segurá-lo. E ele só ria... Ainda estava indeciso se viraria ou não. – PARA!
Enfim, para resolver a situação de uma vez por todas, Sam a puxou novamente pelos pulsos, voltando a beijá-la. Realmente, aquilo era demais para ela pensar em resistir.
- Eu voto em colocarmos uma coleira.

Não era possível.

Imediatamente os dois pararam de se beijar para ver se era mesmo quem eles estavam pensando que havia entrado no quarto.
- Prefiro GPS. – Dean deu de ombros. – É por satélite, mais eficiente para esses dois. Principalmente com a Grace.
Kemily se jogou na cama ao lado de Sam e ficou com a cara enterrada no travesseiro. Indianara tinha falado primeiro e já estava trocando idéias com Dean... Há quanto tempo os dois estavam por lá?! Se pudesse cavar um buraco e se jogar dentro, Kemily o faria.
- POR QUÊ?! – Ela gritou, mas tudo o que ouviram foi um berro bizarro e abafado.
- Qual é a alegria de vocês de ficar interrompendo a gente e nos deixando com vergonha? – Sam perguntou naquele seu jeito irritado.

Dean e Indianara começaram a rir.

- Essa! – Ela disse ainda rindo. – Vocês são tão fofinhos quando estão irritados!
- POR QUÊ?! – Kemily gritou de novo. Ah, então ela realmente queria uma resposta.
- A gente já vai. – Indianara respondeu e todos ficaram em silêncio. A irmã desenterrou a cabeça do travesseiro e ficou olhando para ela. – Que foi? Não temos a noite toda, anda!
- E você só me avisa isso agora? – Olhar de morte. Kemily realmente gostava dele. A irmã fez cara de descaso. – Eu tava acabando de arrumar a minha mala.
- Como assim você ainda não acabou?!
Dean e Sam pressentiram uma discussão, então saíram do quarto. Ou sobraria para eles, principalmente para Sam. Já do lado de fora, ouviram Indianara berrando que era tudo culpa dele e Kemily berrando que era tudo culpa de Dean.
- Calma aí, como que eu fui parar no meio da história? – Ele perguntou se virando para o quarto e parando no meio do caminho.
- Dean, são mulheres. – Sam explicou. O irmão fez cara de compreensão. – Ela não quis vir junto com a gente?
- Não.
- Por quê?
- Ela é mulher. – Dean explicou com um sorriso rápido e Sam, que tinha aderido ao olhar de morte de Kemily, se limitou encará-lo. – Que foi? Nem eu entendi o porquê!
Deram de ombros e continuaram caminhando até o carro. Queriam muito que viajassem todos juntos, mas não poderiam forçá-las. Certo?

Certo.

Ou não.

- Dean... – Sam disse quase cantando, encarando o carro delas de um jeito um tanto... Estranho. – Eu tive uma idéia.
Dean o encarou com uma sobrancelha erguida. Agora sim, Sam tinha pirado de vez.
- Cara... Acho que seu cérebro derreteu lá dentro...

- Tudo pronto? – Kemily perguntou para a irmã que jogava a última mala no banco de trás do carro e que só respondeu com um joinha. – Ok, então. Tchau, Winchesters.
- Nos vemos na outra vida. – Indianara disse brincando e indo até eles.
- Vão pegar que estrada? – Dean perguntou. Queria ter certeza que iria para a estrada oposta.
- A gente tava pensando em ir para Seattle, aquelas bandas... – Kemily respondeu pensativa.
- Boa sorte, então. Se cuida, viu? – Dean disse para Kemily. Ela o abraçou. – Toma conta da sua irmã, ta?
- Pode deixar. – Kemily disse rindo. – Cuida do Sam.
- Bom, acho que a gente se vê por aí, então. – Sam disse para Indianara.
- Algum dia, quem sabe. – Ela disse sorrindo. – Precisamos de uma conversa intelectual.
- Sabia. Você fez Direito. – Ele falou em tom acusador e ela confirmou com a cabeça.
- Só durante um tempo. – Indianara deu de ombros. – Mas, como é de praxe de todo mundo que faz Direito, você devia ler pra caramba.
- Ainda leio. – Ele se defendeu. Não queria passar de burro. – Da próxima vez que nos encontrarmos, precisamos conversar disso.
Viram que Kemily e Dean já tinham se despedido, então também se abraçaram em despedida. Indianara teve que ficar nas pontas dos pés para alcançá-lo e, mesmo assim, a criatura continuava alta.

- Você tem que diminuir. – Kemily disse indo até ele. – E com urgência. Pareço uma criança do seu lado.
- E você tem que aumentar. – Ele respondeu sorrindo, fazendo-a rir. – Vê se liga pra gente dessa vez.
- Ok. – Ela respondeu rindo. – É que tivemos alguns problemas com celulares.

Momento de silêncio desconfortável.

- Kemi. – Imediatamente, ela olhou para ele. – Aquilo que eu falei... Que eu gosto de você... É sério.

Ela sorriu. Radiantemente.

- Eu também estava falando sério. – Ela disse e ele sorriu de volta. – Portanto, se souber que você ficou com alguma outra vadia nos dias que eu estiver longe... Eu mato.
- Não se preocupe. – Sam respondeu. Mas seu sorriso era meio... Triste. – Eu demoro um pouco para superar as pessoas.

E ela não sabia se aquilo era bom ou ruim.
Naquele momento, era ótimo.

- Bobo. – Foi a única coisa que ela conseguiu falar antes de avançar para beijá-lo.

- Então... – Indianara foi se aproximando de Dean. Ele sorriu.

Silêncio.

- Você não ta bravo, né? – Ela perguntou de repente.
- Eu? Claro que não. – Dean respondeu se apoiando no capô do Impala e fazendo aquela clássica expressão de ‘não ligo pra nada’.
- Mas magoou. – Ela insistiu e ele só se limitou a olhá-la. Ia responder. – Que coisa mais fofa...
- Ah, eu tenho certeza que você também ta miserável. – Ele disse em tom de brincadeira. Mas, como dizem, toda brincadeira tem um fundo de verdade. – Que coisa mais fofa...
- Sem graça. – Ela respondeu rindo.
- To vendo. – Ele disse com uma sobrancelha erguida, mas não dava para evitar sorrir. – Vem cá.
- Pra quê?
- Vem cá... – Dean disse em um tom mais mandão e lançando seu melhor olhar bravo.
Ela sorriu e foi até ele. Logo que se aproximou, Dean a agarrou pela cintura.
- Até a próxima, linda.
- Até a próxima, bonitão. – Ela disse brincando. Em seguida, estavam se beijando.

- Então... – Kemily quase berrou quando os dois não paravam de se beijar.
- Então...! – Ela e Sam repetiram juntos.
- Ok, a gente para. – Dean disse com o olhar de morte. Ainda bem que todos tinham aprendido algo tão útil.
- Vamos lá, Inddy. – Kemily disse indo até o Ninety Eight. – Ou vamos ficar a manhã inteira aqui dentro.
As duas entraram no carro e acenaram para os Winchesters. Assim, deixaram os dois para trás, virando a primeira esquerda na saída do hotel.

O tempo passou.


The world was on fire

And no one could save me but you

As duas olharam imediatamente para o rádio, repreensivamente.


I never dreamed that I’d meet somebody like you

I never dreamed that I’d lose somebody like you

Ficaram indecisas se desligariam ou não.


No, I don’t want to fall in love

Mas Indianara começou a cantar.


With you

Kemily só ficou observando antes de se animar. Logo estavam cantando juntas, mais animadas que antes, porém sem a festa que sempre faziam quando estavam no carro.


What a wicked game to play

To make me feel this way

What a wicked thing to do

To let me dream of you

- Acho que hoje vai ser a noite de mega pote de sorvete e nós duas na mesma cama, né? – Kemily perguntou em tom de brincadeira.
Com isso, fez a irmã rir. Aquela risada fez as lágrimas que ameaçavam surgir nos olhos dela sumirem. Olhou para Kemily e viu que a irmã já tinha derramado algumas.
- Não vai nem esperar o sorvete? – Ela perguntou e Kemily riu, mas aquilo não a deixou melhor. – A gente vai encontrar eles de novo.
As duas se olharam e, finalmente, voltaram a cantar em alto e bom som. Como sempre.


No, I don’t want to fall in love

(This love is only gonna break your heart)

With you

- Você acha que elas descobrem hoje? – Sam perguntou com um sorriso de expectativa. Dean começou a rir.
- Acho que vai ser amanhã... Mas espero estar longe o suficiente. – Ele respondeu ainda rindo. – Elas vão vir com uma fúria mortal atrás da gente.
- O que eu daria para ver a cara delas...
E os dois começaram a cantar Led Zeppelin pela centésima vez em uma semana. Estavam se divertindo só de imaginar o que elas fariam.
Acabaram chegando a uma cidade que era bem distante da que estavam. Eram cinco horas da manhã. Dean estava destruído e só queria dormir. Dirigir sem uma única pausa podia ser bem cansativo.
Sam não estava tão cansado, já que tinha dormido metade do caminho. Isso antes do irmão colocar uma música estridente para acordá-lo. Mas, enfim, lá estavam eles num hotel, com camas e sem o rádio para incomodar. Dean teria que arranjar outra maneira de importuná-lo.
- Vê se dorme um pouco. – Dean disse antes de, quase literalmente, capotar na cama, com a cara no travesseiro e ficar sorrindo de olhos fechados. Finalmente... Descanso...
Sam rolou os olhos e se deitou, depois de deixar os celulares no criado mudo, claro. Só aí percebeu como uma cama era boa e como estava com sono. Fechou os olhos e se virou de lado, também sorrindo para dormir.

Mas o celular tocou.

Resolveram ignorar. Talvez a pessoa desistisse.

Tocou de novo. E de novo. E de novo.

- Sammy... Atende essa droga... – Dean disse extremamente incomodado. Quem era o animal que ligava às cinco da manhã?!

Sam atendeu.

- WINCHESTEEEEEEEEEERS! – O grito foi tão alto que ele deixou o celular bem longe e até Dean abriu os olhos, assustado.
- São elas. – Sam declarou. Os dois sorriram.
- ONDE VOCÊS ESTÃO?! A GENTE VAI MATAR VOCÊS DOIS! – Elas gritavam juntas ao telefone.
- Venham achar a gente. – Sam simplesmente respondeu e desligou o celular. Não a ligação, foi o celular mesmo. Enquanto isso, Dean fazia o mesmo com todos os outros. – Boa noite, Dean.
- Boa noite, Sammy.
Os dois estavam extremamente contentes. Tinha dado certo. Agora sim podiam dormir como anjos.

As irmãs Frison tinham acabado de chegar ao hotel. Uma cidade longe da que saíram. Eram dez para as cinco quando estacionaram o carro. Indianara largou o volante e jogou a cabeça para trás, fechando os olhos. Precisava dormir.
- Kemi, pode pegar minha arma lá trás? – Ela perguntou ainda daquele jeito.
- Claro. Aproveito e pego a minha. – A irmã respondeu e saiu do carro.
Resolveu abrir o porta-luvas para checar os CDs. Queria algum melhor do que as músicas no rádio. Aproveitou também para segurar o sorvete no colo, ou esqueceriam no carro. Abriu o porta-luvas.

Mas quando olhou lá dentro, quase teve um ataque.

Enquanto isso, Kemily ia até o porta-malas. Olhava o céu ficando cada vez mais claro e concluiu que teriam que usar os cobertores como cortinas se quisessem que o quarto ficasse escuro como a noite. Enfim, abriu o porta-malas.

E quase teve uma síncope.

- SAAAAAAAAAAAAAAAM! – Indianara gritou histericamente.
- DEAAAAAAAAAAAAAAN! – Kemily fez o mesmo.

Viu a irmã saindo do carro em fúria.

- Não me diga que...
- Ele pegou TODAS as nossas armas! – Kemily respondeu quase arrancando os cabelos. – Todas! TODAS! Não podemos caçar! TODAS!

Respirou fundo.

- O. Que. O. Sam. Fez? – Ela perguntou tentando se acalmar, mas não estava funcionando.
- Simplesmente roubou TODOS os nossos CDs! SEM EXCEÇÃO! – Indianara respondeu quase se descabelando duplamente agora que sabia das armas. – Estamos SEM MÚSICA!
Kemily sacou o celular e discou um número freneticamente.
- WINCHESTEEEEEEEEEERS!
- São elas. – Ouviram Sam falar orgulhosamente do outro lado da linha.
- ONDE VOCÊS ESTÃO?! A GENTE VAI MATAR VOCÊS DOIS! – Nem sabiam como estavam falando juntas tão bem.
- Venham achar a gente. – Ele respondeu e desligou.

Desligou.

- Kemi, entra no carro! – Indianara quase gritou. Enquanto isso, a irmã tentava ligar de volta.
- Eles desligaram os celulares! – Ela disse entrando no carro.
Saíram correndo loucamente, cantando pneus e puxando o máximo de potência do motor. Elas iam achar os dois.
- Winchesters, aguardem... – Indianara disse em uma voz medonha atrás do volante.
- Vocês vão desejar nunca ter nascido. – Kemily completou.
Aceleraram mais ainda, pegando a estrada que estavam antes. Passariam o dia inteiro, e mais a noite se fosse preciso, mas chegariam até eles. Ah, se chegariam.



Capítulo 1 – I’m gonna find ya, I’m gonna get ya

- Vocês não têm jeito... – Bobby comentou balançando a cabeça e virando mais um copo de whisky.
Kemily e Sam estavam sentados no sofá ao lado da janela, enquanto Indianara estava em uma cadeira que trouxera da cozinha. Bobby estava em sua escrivaninha de sempre. Dean surgiu na sala mancando, jogando-se em uma cadeira que estava perto de Indianara.
- Vai sobreviver? – A moça perguntou debochando.
- Engraçadinha... – Dean respondeu e meteu um pacote de gelo na coxa, esperando que logo anestesiasse e fizesse a dor passar.
- Por que vocês foram roubar as coisas delas?! – Bobby perguntou ainda sem compreender.
- É que... – Sam e Dean começaram a explicar juntos. De repente, sentiram uma nova presença na sala.
- Você está bem? – Cass perguntou ao ver o pacote de gelo. As moças ficaram observando com uma sobrancelha erguida.
- Esse é o Castiel. – Bobby explicou antes que elas pudessem perguntar.
- E essas são as irmãs Marques. – Cass disse e elas ficaram mais perdidas ainda. – Depois que se juntaram com os irmãos Winchester, viraram um dos maiores assuntos entre os anjos.
- Um anjo... – Kemily comentou olhando para ele com curiosidade. Era a primeira vez que via um pessoalmente. – Você fica sempre assim... Sem expressão?
- Não compreendo... – Cass respondeu com aquela expressão de sempre.
- Acho que isso responde a sua pergunta. – Indianara disse sorrindo. – Então vocês têm um anjo de estimação?
Dean se limitou a lançar um olhar repreensivo para ela. A moça deu de ombros.
- O que aconteceu com a sua perna? – Cass teve que perguntar novamente, pois parecia que todos estavam tendo problemas com objetividade naquele dia.
- Fui esfaqueado. – Dean respondeu e Cass se limitou a pender a cabeça para um lado. – Quer saber o que aconteceu? Pergunta pra ela!
- Vocês que começaram! – Kemily defendeu quando Dean apontou para a irmã. Cass somente prestava atenção.
- Não precisava ter me esfaqueado! – Dean disse ajeitando o pacote de gelo.
- Ah, você fala como se eu quase tivesse te matado! – Indianara cruzou os braços.
- Era só uma brincadeira, vocês levaram muito a sério! – Sam resolveu ajudar Dean na sua defesa.
De repente, todos estavam discutindo, falando um por cima do outro. Cass não fazia a menor idéia em quem prestar atenção e tentava captar todas as frases, mas do jeito que estava, aquilo era quase impossível.
- Calem a boca, suas crianças! – Bobby disse depois de um tempo, já não agüentando mais o barulho. Todos pararam e olharam para ele. – Se vocês não conseguem explicar sem reclamar que nem um bando de bebês chorões, eu explico!

Alguns dias antes...
- A gente pode ligar pro Bobby. – Kemily comentou sentada na cama de um motel que elas tinham acabado de chegar.
- E falar o quê? Que estamos caçando os Winchesters? – Indianara perguntou se jogando em sua cama. Kemily suspirou, concordando. Deitou-se.
- Bom, vi que nessa cidade tem alguma coisa para caçar... – Ela comentou. – Vamos ficar seguindo as pistas deles até achá-los, não?
Indianara fez que sim com a cabeça. Fazia semanas que elas estavam perseguindo os rastros dos dois e seguindo-os a fim de pegarem suas coisas de volta. Por sorte tinham algumas armas extras e assim conseguiam caçar no meio daquela brincadeira. Mesmo assim, estavam loucas da vida e queriam suas coisas de volta. E não parariam até que conseguissem.
Na verdade, não tinham idéia de onde eles poderiam estar. Só sabiam que estavam na cidade onde eles foram vistos pela última vez. Provavelmente deixaram algo escapar, já que havia coisas para caçar por lá. Checaram o horário e viram que era quatro da manhã. Um carro passou na rua e elas nem tiveram a curiosidade para olhar. Se tivessem, teriam se deparado com o Impala que conheciam tão bem.

- Acorda... Vai, criatura... – Kemily balançava a irmã, que estava praticamente no terceiro sono. – LEVANTA!
Finalmente começou a chacoalhá-la com força e Indianara acordou querendo matá-la. Lançou um olhar de morte e aquilo junto com os cabelos desgrenhados dela era completamente assustador.
- O que foi? – A moça perguntou querendo matar a primeira criatura que aparecesse na sua frente.
- Não vamos caçar hoje à noite? – Kemily perguntou e a irmã fez que sim com a cabeça. – Precisamos arranjar alguma casa para ficar nos arredores. Talvez possamos servir de iscas e atrair o que quer que seja para a casa.
- Você ficou pensando nisso... Quando? – Indianara perguntou se sentando enquanto Kemily jogava as roupas em cima dela.
- Logo que acordei. E ainda deu pra ir comprar café da manhã. – Kemily respondeu com um sorriso tipo colgate. – Anda logo que você já dormiu demais!
- Você já parou pra pensar que por causa dessa sua eficiência não vamos mais ter o que fazer o dia todo? – Indianara perguntou tirando a blusa do pijama e começando a colocar a outra roupa.
- Você quer ir caçar que horas? À noite? – Kemily perguntou e a irmã fez que sim. – Sabe... Todas aquelas pessoas em histórias de terror que a gente fica xingando que fazem coisas idiotas... Caçar à noite é uma dessas coisas idiotas.
- Dane-se... – Indianara respondeu se levantando com preguiça e caminhando até a mesinha do quarto. – O que você trouxe de bom?
- Panquecas! – Kemily sorriu e fez joinha. – Tava te esperando para comer.
- Ah, por isso que você me acordou... – A irmã respondeu e elas começaram a rir, sentando-se para devorar as panquecas.







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