Студопедия — Государственное автономное образовательное учреждение 5 страница
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Государственное автономное образовательное учреждение 5 страница






A tarde já estava avançada. Eram quatro horas e os irmãos estavam se preparando para caçar o que achavam ser um metamorfo.
- Pegou tudo? – Dean perguntou acabando de sair do banho. Sam separava as armas.
- Peguei. – Sam respondeu e jogou para o irmão o clássico revolver e uma faca de prata. – Pelo que fiquei sabendo não é um só. São dois.
- O quê? Metamorfos? – Dean perguntou procurando e colocando sua roupa. – Como você ficou sabendo?
- Enquanto você estava nesse seu banho curto... – Sam começou a explicar ironicamente. – Fui dar uma volta. Ouvi de duas mulheres que mais cedo mataram duas outras numa cidade vizinha...
- E agora vieram para cá. – Dean concluiu. Já estava quase pronto. – Como elas são?
- Não me descreveram. Só disseram que elas estavam armadas e depois saíram correndo. – Sam deu de ombros e já abriu a porta para apressar o irmão.
- Ok. Vamos caçar essas vadias antes que elas matem mais alguém. – Dean respondeu e pegou as armas, além das chaves do carro. Entraram no Impala e puseram-se a procurá-las.

- Descobriu como eles são? – Kemily perguntou ansiosa.
Eram seis horas da tarde. O céu já estava arroxeado e escurecendo cada vez mais. Kemily estava esperando no carro enquanto Indianara foi comprar alguma coisa para comerem em uma lanchonete próxima. Além disso, resolveu "interrogar" quem quer que a atendesse. E voltou com um sorriso de orelha a orelha, além de uma sacola de papel pardo imensa, cheia de comida.
- Sim! – Indianara respondeu e se jogou dentro do carro, abrindo a sacola e entregando um sanduíche enorme para a irmã. – São dois caras, altos, morenos e com roupas normais! Só sei que um é maior que o outro.
- Sabe que isso não ajuda muito, né...?
- Não é ; isso. – Indianara disse aumentando ainda mais o sorriso, como se fosse possível. – Sabe uma daquelas casas que a gente viu que poderia ser um dos lugares prováveis para eles aparecerem? – Kemily fez que sim com a cabeça. – Bingo. Eles foram vistos por lá hoje. Umas duas vezes.
- Ok. Então vamos atrás deles! – Kemily disse e tomou um gole do mega refrigerante. – Segura aí.
Jogou toda a comida em cima da irmã e se inclinou para o banco de trás. Pegou as armas e voltou, separando seu revólver e entregando para Indianara seu revólver e a faca de sempre.
- Pode me devolver a comida. – Kemily pegou as coisas da irmã. – Agora anda! Precisamos chegar antes deles!
- Mais alguma coisa, vossa alteza? – Indianara perguntou fuzilando-a com os olhos.
- Não. Pode ir. – Kemily disse sorrindo e tomando o refrigerante, enquanto a irmã dirigia. Só de raiva, Indianara brecou o carro.

E todo aquele refrigerante caiu em cima de Kemily.

- Anda logo, Sammy! – Dean esperava do lado de fora, ao lado do carro.
Sam apareceu correndo, prendendo a arma na calça. Os dois se meteram no carro e saíram dirigindo para uma casa abandonada distante da civilização.
- Tem certeza que eles vão estar lá? – Dean perguntou e o irmão confirmou com a cabeça.
- O cara da lanchonete falou que sim. – Sam disse e suspirou. – Segundo ele, duas moças apareceram recentemente perguntando sobre nós.
- Então os Metamorfos sabem que estamos atrás deles. – Dean concluiu. – Ok. Só precisamos pegá-los de surpresa.
- Se elas foram pra essa casa, fica mais fácil. – Sam analisou e o irmão concordou. Ligaram o som e continuaram numa estradinha até a fatídica casa.

- Não é muito inteligente vir caçar à noite numa casa sem luz. – Kemily comentou emburrada.

Estavam sentadas em uma das salas destruídas da casa. A segunda sala, pois quando os Metamorfos entrassem pela porta da frente, poderiam ouvi-los. O chão era de madeira e faltavam vários pedaços. O pouco vidro que havia nas janelas era mortal, formando dentes de vidro. Pedaços de pano pendiam como cortinas, esvoaçando sombriamente pelos quartos. O papel de parede estava encardido e se soltando da parede em rasgos e cortes. Alguns pedaços de madeira estavam jogados pela casa, vindos de móveis antigos e do chão em si. E lá estavam elas, pacificamente sentadas. Esperando.
- Eu escolhi o horário. Você escolheu a casa. – Indianara deu de ombros. Kemily olhou para ela escandalizada. – Mas é verdade. Não é culpa minha que justo o lugar que você queria procurá-los não tem luz.
- Até parece que é culpa minha. – Kemily disse bufando.
- E até parece que é minha. – A irmã respondeu.
Continuaram esperando. Nem que tivessem que esperar para sempre, mas ficariam lá. Queriam matar alguma coisa e, se tivessem sorte, matariam naquele dia. Só estavam com toda aquela raiva, pois fazia muito tempo que estavam caçando os Winchesters, sobrevivendo de dois revólveres e uma faca. E esperaram.

E esperaram.

- Que sono... – Kemily comentou. Indianara jogou um pedacinho de madeira que encontrou ao seu lado em cima da irmã. Ela olhou sem entender.
- É pra você acordar. – Indianara disse sorrindo. Kemily sorriu de volta.
As duas ficaram em silêncio, sorrindo, observando a luz da lua entrar pela casa e dar um ar mais espectral ainda para aquelas cortinas dilaceradas.

De repente, ouviram um barulho.

As duas se levantaram em um pulo. Indianara fez um sinal para Kemily se aproximar da passagem para a outra sala do lado contrário ao dela. O barulho veio da sala principal, mas logo ouviram outra pessoa se juntando à primeira, como se tivesse vindo da porta de trás. As duas se encontravam escondidas atrás da parede onde ficava a passagem que interligava as duas salas.
Kemily olhou para a irmã, fazendo um sinal que atacaria quando eles se aproximassem. Indianara confirmou e deu uma olhada na sala principal, encontrando duas silhuetas. Fez outro sinal, dizendo que os dois estavam lá.
Eles se aproximavam. Kemily segurou a arma ao lado do rosto, enquanto Indianara pegava a faca. Aos poucos, as sombras dos Metamorfos foram aumentando, chegando cada vez mais perto. Elas não perceberam, mas eles se aproximavam cautelosamente.
Eles pararam. Fizeram um sinal com a cabeça e elas souberam que eles tinham consciência de que elas estavam lá. Kemily confirmou com Indianara que a primeira coisa que fariam era atacar.

Logo que viram os pés deles, não pensaram duas vezes.

Kemily se virou direto brandindo a arma, apontando para o rosto do homem que surgiu lá. Ele fazia o mesmo, apontando uma arma brilhante para ela. Os dois se olharam durante um tempo e ele abaixou a arma.
Enquanto isso, quando o outro homem virou para cima de Indianara, ela não quis saber. Segurou sua faca e a fincou na coxa dele, girando-a para que o machucado aumentasse e não cicatrizasse. A criatura urrou.

Só depois se tocou de quem era.

- Dean! Meu Deus! – Ela levou as mãos à boca enquanto ele mancava até a sala de entrada. A moça foi atrás dele.
- Kemily? – Sam perguntou enquanto ela ainda estava com a arma apontada para ele.
- Inddy! Ta tudo bem?! – Ela gritou sem perceber que era Sam. Estava tão desnorteada que nem sabia mais para onde apontar a arma.
- Kemi! – Sam a chamou mais enfaticamente e ela finalmente olhou para ele, sorrindo ao identificar quem era. – Você pode apontar a arma para outro lugar, por favor?
Ele pediu com tanta cautela e receio que ela recebeu olhar para onde estava apontando. Quando se tocou que estava prestes a atirar na virilha dele, abaixou a arma imediatamente.
- Desculpa. – Ela disse e guardou a arma. Em seguida, aproximou-se e bateu na cara dele.
- Ei! O que foi isso? – Ele perguntou extremamente atordoado.
- VOCÊ ROUBOU NOSSOS CDS! – Ela gritou histericamente e imediatamente começou a surtar.

Enquanto isso, Dean estava na sala, sentado em um sofá que estava se autodestruindo. Indianara foi correndo até ele. Dean pegou a faca e a arrancou de uma vez, jogando-a do outro lado da sala. A moça estava abaixada perto dele.
- Ta tudo bem? – Ela perguntou desesperada.
- Não podia ter olhado, não? – Dean perguntou de volta, irritado.
- Desculpa de novo! – Ela disse e se inclinou sobre ele. – Deixa eu ver.
- Não precisa... – Ele disse e levou um tapa na mão que estava perto do machucado. Em seguida, levou outro tapa. No rosto. – Ei! Por quê...?
- Minhas armas. – Indianara respondeu e voltou a atenção para o machucado. – Eu gosto de você, mas essa foi demais... Sabe, você mereceu a facada.
Dean resolveu ficar quieto, ou levaria outro tapa. Indianara começou a cuidar do machucado, tomando cuidado para não doer mais ainda, mesmo que ainda estivesse com raiva.

Casa do Bobby...
- E foi isso o que aconteceu. – Bobby terminou de explicar e Cass fez cara de compreensão. Basicamente a expressão de sempre, mas com um "ah" compreensivo.
Ele se aproximou de Dean, tocando na testa dele. Logo em seguida não havia mais dor, nem sangue, nem machucado: Dean estava cem por cento curado. As moças ficaram olhando boquiabertas.
- Ele é tipo um medipack... – Indianara comentou e Kemily riu.
- Medipack? Ta mais pra checkpoint! – A irmã disse e agarrou o braço de Sam. – A gente precisa de um desse...

[n/a: Só pra compreensão geral: medipack e checkpoint são coisas do jogo Tomb Raider]

Cass ficou sem entender nada e, para que ele não perguntasse e começassem mais explicações longas e inúteis, resolveram mudar de assunto.
- Cass... Sem querer ofender, mas o que você está fazendo aqui? – Sam perguntou antes que alguém pudesse pensar em outra coisa.
- Tenho um caso para vocês.

Todos se olharam.

- Desde quando você nos traz casos? – Dean perguntou franzindo a testa e olhando curiosamente para Cass.
- Pessoas estão morrendo em circunstâncias suspeitas. – E Cass ignorou Dean. Indianara tentou esconder o riso.
- Onde? – Sam perguntou ignorando Dean também. De qualquer maneira, o motivo de Cass ter levado o caso até eles não tinha muita importância.
- Em uma cidade aqui perto...
- Por acaso é essa? – Kemily perguntou pegando um pedaço de um jornal que estava embaixo de uma garrafa de cerveja na bagunça da mesa do Bobby.
Cass passou os olhos no pedaço de papel estendido pela moça, nem se deu ao trabalho de pegá-lo. Kemily ficou observando o anjo, perguntando-se se ele ia mesmo ler enquanto ela ficava lá servindo de seguradora de papel.
- Sim, é essa. – Ele respondeu olhando conclusivamente para ela. Kemily levantou uma sobrancelha e se sentou novamente, ocupando-se de ler a reportagem.
- Então... Sobre o que é o caso? – Bobby perguntou após alguns momentos de silêncio. Cass não era muito bom em relações humanas.
- Uma garota se matou em um parque com uma facada no coração. – Cass disse impassível e todos ficaram olhando para ele esperando uma reação. Ou pelo menos uma palavra de empatia.

Que não veio.

- Só isso? – Indianara perguntou esperando mais alguma coisa. Facadas no coração eram raras, mas podia ser somente um suicídio.
- Aqui no artigo diz que ela estava correndo e gritando em terror... Conseguiu pegar uma faca sabe-se lá de onde e se matou. – Kemily disse correndo os olhos pelo artigo.
- Ok. É um caso. – Bobby concluiu. Em seguida, olhou para Cass. – Agora tire essas crianças choronas da minha casa!
Eles rolaram os olhos e Cass só ficou mais confuso ainda. Afinal... Bobby gostava deles, não é?
- Como você surgiu com esse caso? – Dean perguntou finalmente, já que aquilo o incomodava.
- Estava cuidando de negócios na cidade. – Cass respondeu. – Posso levá-los para lá.
- Que negócios? – Dean perguntou novamente curioso e já se levantando, assim como Sam. As moças, que nunca tinham viajado por anjo, imitaram os irmãos.
- Negócios que não são seus. – Cass disse quase dando de ombros. Indianara sorriu.
- Ou seja... Não é da sua conta. – Ela disse baixinho para Dean, que riu ironicamente.
- Dá pra vocês irem logo? Tenho mais o que fazer do que ficar ouvindo vocês! – Bobby disse se levantando e pegando algum livro empoeirado em alguma estante.
Cass olhou para ele e, em um segundo, não estavam mais lá.

Capítulo 2 – There’s something about you girl

- Nossa... – Foi a única coisa que Kemily conseguiu dizer quando se materializaram de repente na cidade em questão. Sentia uma tontura fenomenal.
- Eficiente... – Indianara comentou suspirando e esperando que a dor de cabeça não fosse ficar lá até de noite.
- Ei, gênio! Você esqueceu uma coisa! – Dean disse irritado e olhando para Cass, que não fazia a menor idéia do que ele estava falando. – Meu carro!
- Desculpe, Dean. Não consigo trazer seu carro até aqui. – Cass comentou impassível como sempre. Na verdade, não entendia muito o motivo do amor platônico de Dean por seu carro.
- Calma aí... Eu também preciso do meu carro! – Indianara comentou entrando na conversa. – Não posso deixá-lo lá à mercê do Bobby!
Cass semicerrou os olhos e olhou de Dean para Indianara e de Indianara para Dean. Ficou analisando os dois por um momento. Não sabia se eles tinham combinado para se aproveitar da clara ingenuidade dele em relação a carros ou se simplesmente estavam mesmo surtando por causa dos carros.

Chegou à segunda conclusão.

- Tudo bem. Eu os levo de volta para buscarem seus carros. – Cass finalmente declarou, fazendo os dois bufarem.
- Eu arranjo um lugar para ficarmos. – Sam se prontificou antes que Dean pudesse pensar em começar a dar ordens.
- E já vamos começar a dar uma checada no lugar. Vamos ver o que conseguimos da polícia. – Kemily disse piscando para a irmã, tentando deixá-la mais calma.
Dean e Indianara suspiraram. Não queriam deixar aqueles dois inconseqüentes sozinhos na cidade, mas precisavam dos carros de volta.
- Sam... Nem pense em passar a noite com ela. – Dean apontou para Kemily. Ela e Sam rolaram os olhos. – Ou o dia. Tanto faz.
- Mantenham-se profissionais. – Indianara disse piscando de volta para a irmã.
E sumiram.

- Já de volta?! – Bobby perguntou claramente incomodado ao ver Dean, Cass e Indianara parados no meio de sua sala. Ninguém falou nada. – Então? Vão ficar parados que nem malditas cenouras na minha sala ou vão me explicar o que estão fazendo aqui?!
- Deus, Bobby, tenha coração. – Indianara respondeu suspirando e pegando sua faca que estava em cima da escrivaninha. Ainda bem que tinham voltado, não fazia a menor idéia como tinha se esquecido de sua faca de estimação.
- Viemos te animar com a nossa maravilhosa companhia. – Dean disse sorrindo e Bobby lhe lançou um olhar de morte. – Credo. Viemos buscar os carros, já estamos de saída.
- E nem pensem em ficar um segundo a mais! – Bobby disse e eles foram até a porta de entrada. – Já me causaram dor de cabeça o suficiente com suas brincadeirinhas!
Deixaram Bobby reclamando dentro de casa e foram até os carros, que estavam estacionados no meio daquele monte de ferro velho. Dean sorriu ao ver seu Impala e nem queria imaginar o que seria de um caso sem ele. Indianara sorriu ao pensar que suas armas e CDs estavam todos recuperados.
- Irei deixá-los aqui. – Cass comentou de repente e os três pararam em frente aos carros.
- Mas já? – Indianara perguntou. Estava gostando da companhia de um anjo. Mesmo que ele não falasse muito e fosse completamente impassível.
- Fique para o chá. – Dean completou com um sorriso e Indianara rolou os olhos, rindo. Cass pendeu a cabeça para um lado, sem entender. – Esquece.
- Preciso cuidar de alguns assuntos, mas qualquer coisa... – Cass começou a falar e Dean não o deixou terminar.
- Já sei, já sei. A gente te chama. Divirta-se com seus assuntos.

E Cass sumiu.

- Ele é de sumir assim do nada sempre? – Indianara perguntou com uma sobrancelha erguida.
- E de aparecer do além também. – Dean explicou, caminhando até o Impala. – Ia sentir saudade de você, babe...
- Hmmm... E eu ia sentir saudade dos meus CDs... – Indianara disse se sentando no banco de motorista do Ninety-Eight e alisando o volante. Dean lançou um olhar de morte para ela. – Bom. Eu senti saudade deles.
Dean rolou os olhos e se sentou no banco do Impala, dando partida. Ela fez o mesmo e, quando o Ninety-Eight fez seu barulho típico de motor funcionando, o rádio começou a tocar.
- Viva Las Vegas? – Dean perguntou sem acreditar.
- O que foi? Você me privou de música durante muito tempo! – Ela respondeu dando de ombros. Ele sorria. Só depois que ela percebeu o sorriso dele. – Quer parar de me olhar assim?
- Por quê? – Ele perguntou sorrindo mais ainda.
- Ta me deixando desconfortável. – Ela disse seca e saiu dirigindo na frente dele.
Dean foi atrás dela, emparelhando logo que conseguiu. A estrada era de duas mãos e ele estava na contramão, mas normalmente era pouco movimentada. Portanto, não havia motivos para se preocupar.

Mas claro... Indianara se preocupou.

- Dean! Quer sair da contramão?! – Ela perguntou abaixando o vidro, já que o dele já estava abaixado. Ele olhava dela para a estrada e da estrada para ela.
- O que acha de uma corrida? – Ele perguntou de volta, checando para ver se nenhum carro aparecia.
- Quantos anos nós temos? Quinze? – Ela respondeu, porém secretamente estava morrendo de vontade de apostar uma corrida com Dean. Há muito tempo.
- Ah, vai! Vamos aproveitar que o Sam não ta aqui pra ficar enchendo o saco! – Dean falou, fazendo-a rir.
Ela ficou um tempo em silêncio. Não estava ponderando, só queria deixá-lo na expectativa. Após alguns segundos dirigindo daquela maneira, a moça mudou de marcha e olhou para ele. Dean estava sorrindo, esperando a resposta animadamente.
- Coma poeira, barbeiro do Impala! – Indianara disse de repente e saiu em disparada com o Ninety-Eight na frente, rindo.
Ela o ultrapassou e ficou exatamente na sua frente. Dean tentou ultrapassá-la primeiro pela esquerda, a estrada na contramão, mas ela o fechou. Quando tentou passar pela direita, ela girou a direção, fechando-o novamente. Então ele finalmente entendeu que ela nunca o deixaria ultrapassar.
- Ah, então você quer brincar, é? – Ele perguntou para si mesmo, já começando a ficar irritado, mas com um sorrisinho no rosto. Mudou de marcha e virou o volante. Era bom ela estar preparada para a briga que tinha acabado de comprar.

- Então... – Kemily comentou enquanto eles olhavam o local onde seus irmãos estavam anteriormente.
- Vamos procurar um hotel? – Sam perguntou e ela confirmou com a cabeça.
Viraram-se nos calcanhares e puseram-se a observar a cidade. Era tudo cinza, azul e verde. Até cores quentes, como vermelho, pareciam ter sido passadas por um filtro azul. O chão estava com algumas poças de água da chuva do dia anterior e o céu cinza quase branco. Avistaram um letreiro vermelho brilhante escrito "motel" e o "m" piscava incessantemente.
- Tem um ali. – Kemily apontou na distância. – O que você acha?
- Parece ótimo. – Ele respondeu e os dois puseram-se a andar na direção do motel.
Um vento cortante passou por eles. Frio, assim como o inverno que se aproximava. Kemily se encolheu contra si mesma, cruzando os braços. Sam observou a reação dela e só aí percebeu que a moça estava sem casaco, sobrevivendo de uma simples blusa de manga curta.
- Esqueceu o casaco? – Ele perguntou e ela riu.
- Sabe... Viajar por anjo pode ser eficiente, mas todas as minhas roupas estão no carro. – Ela comentou ainda rindo e outra rajada de vento passou, fazendo-a se encolher mais ainda.

Ele estendeu o braço para ela. Kemily ficou olhando com uma sobrancelha erguida.

- É melhor do que nada. – Sam deu de ombros. Ela sorriu e segurou o braço dele, grudando-se nele. – Você realmente está gelada...
- E olha que sou calorenta. – Kemily respondeu piscando.
Sam se soltou dela e passou o braço pelo ombro da moça, puxando-a mais para perto de si. Kemily sorriu inconscientemente enquanto ele esfregava o braço dela, para ver se a moça esquentava.
- Melhor? – Ele perguntou com aquele típico sorriso fofo de Sam.
- Melhor. – Ela respondeu também sorrindo.
Quem passava na rua achava que eles não passavam de um casal ordinário, que ia ao cinema e restaurantes, com uma vida perfeitamente feliz.
Tiveram que caminhar por um bom tempo até alcançarem o tal motel. Não era muito grande, mas tinha dois andares. Entraram e encontraram um homem no balcão, lendo uma revista qualquer.
- Com licença... – Sam disse ao se aproximar. O homem olhou por cima da revista.
- Quarto de casal? – Ele perguntou com uma voz monótona.
- Não, não. – Kemily respondeu. – São dois quartos de solteiro. Duplos. – Ela explicou. O homem deu um sorrisinho.
- Estão esperando mais gente, hã?
Kemily ficou em choque quando finalmente entendeu o sorrisinho safado do homem. Nem queria saber o que tinha se passado na mente dele e se sentia completamente desconfortável. Queria atirar nele.
- Só nos dê as chaves dos quartos, está bem? – Sam perguntou irritado.
- Nome?
- Richards. – Kemily respondeu e o homem deu as chaves para Sam, que pegou bruscamente. Saíram de lá e foram procurar os quartos.
- Richards? – Ele perguntou enquanto caminhavam por um corredor com paredes escuras e portas mais escuras ainda.
- É. Quando nós nos separamos, usamos o nome Richards para nos encontrarmos. – Ela deu de ombros. Sam observava sorrindo. – Sabe? Keith Richards.
- Óbvio. – Ele respondeu rindo. Encontraram o número dos quartos. Um de frente para o outro, separados pelo corredor largo e escuro.
Sam abriu somente um deles e os dois entraram. As camas de casal eram grandes, com colchas de cores neutras. O chão era de taco escuro e havia uma pequena cozinha por perto. O papel de parede era mais claro e pelo menos não tão brega como de muitos motéis que eles já tinham parado pela estrada. Havia também uma T.V e um pequeno banheiro escondido no fundo do quarto.
- Preciso dizer... Esse motel até que está decente. – Ela comentou parando no meio do quarto.
Sam concordou com ela. Observaram o quarto mais alguns minutos e suspiraram. Queriam parar e ficar lá um pouco, aproveitar que estavam juntos, mas tinham que ir até a polícia.
- Que desculpa você quer usar hoje para falar com os policiais? – Sam perguntou e Kemily sorriu de volta.
Estavam sem identificações e sem os ternos para se passar de FBI. Então teria que ser algo mais simples... Tipo repórteres.

Foram a pé até a delegacia. Do lado de fora, a movimentação era geral. Entraram e a movimentação parecia maior ainda. Logo uma mulher veio falar com eles, perguntando sem rodeios o que é que eles queriam.
- Somos de um jornal das redondezas. – Kemily explicou. – Queríamos falar com alguém sobre aquele acidente...
- Qual o nome de vocês, por favor?
- Harrison. – Sam respondeu sorrindo.
- Rose. – Kemily fez o mesmo.
A mulher pediu para que eles a acompanhassem e os levou até uma pacata salinha, que concluíram ser a do delegado. Pediu que esperassem na porta e entrou na sala.
- Fala aí, George Harrison. – Kemily brincou, aproveitando aquele momento para rir, já que não podia fazer aquilo na frente da mulher.
- Você não pode falar nada, Axl Rose. – Sam respondeu rindo dela, o que a fez parar de rir.
- Podem entrar. – A mulher disse sorrindo e os dois agradeceram, entrando na sala em seguida.
O delegado era gordinho, apesar de alto. Tinha os cabelos grisalhos e parecia que não dormia há semanas. Tudo por causa de um pequeno acidente com uma garota que estava alucinando.
- Bom dia, garotos. – Ele disse quase num suspiro e apontou para as cadeiras na frente de sua escrivaninha. Os dois se sentaram.
- Bom dia, delegado. – Kemily respondeu com um sorriso.
- O que posso fazer por vocês?
- Somos de um jornal... Independente. Queríamos saber se o senhor podia nos contar alguma coisa sobre o acidente daquela garota. – Sam pediu, fazendo o que Dean chamava de olhos pidões.
- Jornal de escola? – O delegado perguntou semicerrando os olhos.
- Acertou. – Kemily disse com um sorrisinho sem graça. – Uma reportagem como essas poderia nos ajudar muito... Com reconhecimento, essas coisas.
- Muitas pessoas já vieram me perguntar sobre essa garota... – O delegado disse e os dois perceberam que ele não queria falar. Precisavam agir. E rápido.
- Senhor... Compreendemos que essa é uma situação difícil. Não deve ser fácil ter o seu trabalho, mas prometo que pretendemos tratar a garota com todo o respeito possível. Queríamos saber a sua versão da história e publicar a verdade e não um bando de conjecturas sobre drogas e o que quer que seja que os outros jornais colocaram por aí. – Ela disse com a voz afável e os olhos cheios de empatia, a fim de reconfortar o homem.

O delegado olhou para ela e suspirou. Sam não conseguia acreditar.

O homem ia lhes contar tudo.

Dean e Indianara já estavam naquela competiçãozinha desde que saíram da casa de Bobby. Ele emparelhava com ela de uma maneira que a moça ficava com medo de bater. Fazia manobras que ela demorava em conseguir voltar a ultrapassá-lo. Indianara dirigia bem, mas Dean dirigia melhor.
Chegaram à cidade somente à noite. E quando chegaram, o primeiro a entrar foi o Ninety-Eight, o que fez com que a moça já começasse a cantar vitória desde lá. Avistaram o pequeno motel com o "m" piscando e tiveram certeza que Sam e Kemily tinham se hospedado lá. Qualquer coisa era só procurar por eles em outro lugar.
Estacionaram os carros lado a lado no estacionamento do motel, sendo que o Impala entrou lá antes. Quando Dean saiu do carro, lá estava Indianara, encostada em seu carro, de braços cruzados e com um sorriso imenso no rosto.
- Ganhei. – Ela disse imediatamente. Dean rolou os olhos.
- Eu entrei antes no estacionamento. – Ele se defendeu e fechou o Impala, indo até a moça.
- Eu entrei antes na cidade. – Ela explicou, observando-o se aproximar e desencostando-se do carro. – Portanto... Eu ganhei.
- A gente não estipulou a linha de chegada. – Dean argumentou e ela riu.
- Eu ganhei e você não quer admitir! – Ela disse parecendo impressionada. Ele rolou os olhos. – Vai Dean. Contente-se. Eu ganhei.
- Você saiu correndo que nem uma maluca e nem me deixou dar as regras! – Ele disse e sinalizou com a cabeça para entrarem no hotel. Ela deu uma corridinha para alcançá-lo, já que ele estava à frente.
- Ah, para com isso! Eu ganhei sim! – Indianara dizia caminhando ao lado dele. – Por que você não admite logo? Eu ganhei de você;!
De repente, Dean se virou em cima dela, fazendo-a parar bruscamente. Agarrou a moça e a beijou. Foi tudo tão repentino que demorou um pouco para que ela correspondesse, mas logo já estava agarrada na gola da jaqueta dele.
- O que foi isso? – Ela perguntou quando finalmente pararam aquele beijo aleatório e ele olhava para ela com um sorrisinho besta no rosto.
- A melhor maneira pra te fazer ficar quieta. – Ele disse ainda com aquele sorrisinho e ela ficou boquiaberta.
- Dean... Você. Não. Presta. – Indianara respondeu largando a jaqueta e voltando a andar para o motel. Mas, se ele quisesse calá-la daquela maneira novamente, seria mais que bem vindo.
Entraram no local e avistaram o homem da revista. E novamente ele só se limitou a olhar para seus hóspedes por cima da revista.
- Por acaso o senhor tem dois hóspedes registrados por Richards? – Indianara perguntou antes que Dean pudesse perguntar qualquer coisa.
O homem sorriu e ela ficou extremamente desconfortável. Podiam falar o que quisessem, mas aquele era um tipo meio psicopata pervertido de sorriso. Inconscientemente, a moça se aproximou mais de Dean.
- Então vocês que são os... "Amigos" deles... – O homem comentou ainda com aquele sorriso.
- Ei. Os números. – Dean disse como se estivesse acordando o homem de algum transe. Ficou observando-o com uma sobrancelha erguida.
- 18 e 19. – O homem respondeu soltando uma breve risada.
Dean deu as costas para ele e passou o braço pelos ombros de Indianara. Checou mais uma vez para ver se aquele esquisito não os perseguiria. Logo se encontravam no corredor escuro, procurando o número dos quartos.







Дата добавления: 2015-08-27; просмотров: 351. Нарушение авторских прав; Мы поможем в написании вашей работы!



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