Студопедия — Государственное автономное образовательное учреждение 10 страница
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Государственное автономное образовательное учреждение 10 страница






- Ah, não! Não acredito! O meu Sam foi abduzido por aquela psicóloga maluca?! Ah, não, não, não! – E virou-se para o outro lado. – DEAAAAAAN! – Pensou melhor. – Ah, não. Eu perdi o irmão dele! Falei que não ia desgrudar e perdi a criatura! Ótimo, Kemily, certinho! O Dean vai comer meu fígado! – Começou a andar para a escuridão. – E se aquela maluca me seqüestrar de novo?
Ficou pensando na sua indecisão cruel. Finalmente decidida, agarrou a arma e saiu correndo pelo lado que vieram.
- DEAAAAAAAAN! Já ta ruim sem ele, com ele não pode ficar pior... – Comentou consigo mesma. Afinal, três pessoas para encontrar o Sam era melhor do que uma. – DEEEEEAAAAAAN! EU PERDI O SAAAAAM!
Infelizmente, não havia ninguém naquele corredor para se lembrar de uma cena tão cômica.

- Kemi? Cadê você? – Sam andava pelo corredor sem enxergar nada. Escutava a moça gritando, mas não sabia de que lado vinha. –Kemi!

Ele parou de ouvir a voz dela.

- Ótimo.
Não teve outra opção a não ser continuar andando por aquele local inóspito e esperar não encontrar alguma coisa muito estranha que se jogasse na cabeça dele para tentar comer seu cérebro. Tipo um palhaço.
O lugar estava tão silencioso que só ouvia seus próprios passos. Aquilo ia deixando-o cada vez mais nervoso. Viu que mais para frente havia um espaço vazio e mais claro. Ele sorriu e aumentou a velocidade.
O que confundiu Sam é que, quando ele chegou lá, não havia portas nem nada. Era simplesmente um beco sem saída. Ele bufou desanimado, virando-se de volta para o corredor.
Estava quase saindo de lá quando ouviu um barulho. Parecia que tinham batido em algo. Ele se virou imediatamente, apontando a arma. Mas não havia ninguém. Sam andou vagarosamente até que chegou ao meio do local. Checou todos os cantos, mas estava sozinho. Pelo menos na parte iluminada.
Alguma coisa caiu nele. Sam limpou o ombro e viu sangue. Outras gotas caíram, o que o fez estranhar mais ainda. Finalmente olhou para o teto.
- Não! Kemi!
A garota estava grudada no teto, chorando. Assim como sua ex-namorada. E sua mãe.
- Sam... – Ela gemeu ainda chorando. – Por favor, me ajuda...
- Agüenta aí! – Ele gritou de volta. Guardou a arma e pegou uma caixa alta, colocando-a no centro do lugar e subindo nesta. – Dá a mão!

Kemily tentou esticar o braço, mas estava grudado.

Sam tentou alcançá-la, mas, pelo menos uma vez em sua vida, não era alto o suficiente.

De repente, o teto se encheu de fogo.

- NÃO! – Ele gritou desesperado e caiu da caixa por causa daquele fogo repentino. – Kemily! NÃO!
- Kemi! – Sam se virou ao ouvir a voz desesperada de Indianara atrás de si. Agora estava se sentindo duas vezes culpado. – Kemi! NÃO! Cadê aquele desgraçado?!
- Você quer dizer esse desgraçado? – Dean perguntou e, quando piscou, seus olhos ficaram amarelos.
- EU TE MATO! – A moça gritou furiosa, segurando uma faca. Saiu correndo e gritando, mas Dean simplesmente fez um gesto e ela voou para o outro lado da sala.
- Você de novo. Eu te mato, desgraçado. – Sam comentou em desespero.
Kemily morta. Indianara morta. Seu irmão possuído pelo mesmo demônio que matara sua mãe. Não tinha como ficar pior.

- DEAAAAAAAN! – Kemily ainda corria por aí tentando achá-lo. Realmente, gritar era a melhor opção, pois ele percebeu a presença dela de longe.
- Que foi, mulher?! – Ele perguntou ao alcançá-la.
- EU PERDI O SAM!
- Pode parar de gritar agora, Kemi. – Dean disse com uma sobrancelha erguida depois que ela quase o deixou surdo.
- Desculpa. – Ela respirou fundo. – Enfim, perdi o Sam.
- Que bom. – Ele comentou irônico. – Eu perdi a sua irmã.
- Sério? – Kemily perguntou e depois bateu nele, irritada. – E você falando que ia cuidar dela!
- E você falando que ia cuidar do Sam! – Ele respondeu quase mostrando a língua para ela. Eram crianças super crescidas.

Ouviram alguém gritar de longe.

- Isso foi o Sam. – Kemily olhou para a origem do som como um cachorro.
- Viu? Se você tivesse parado de gritar antes, já teria achado. – Dean respondeu e ela ameaçou bater de novo. – Nem vem! Vamos ver em que estado ele está.
Saíram correndo ao perceber que Sam gritou novamente.

- Porta! – Indianara disse feliz. Ela e Dean saíram correndo até a dita cuja.
Começaram a forçar, mas nada. Não adiantava. Não importava o que eles fizessem aquela porta não iria abrir. Portanto, estavam presos em um lugar muito estranho e difícil de encontrar e a única esperança era que Sam e Kemily os achassem.
- A esperança é uma vadia. – Indianara disse de repente. Dean ficou sem entender. – A gente acorda todo dia pra esse trabalho e temos esperança de terminarmos o dia vivos. Quando estamos às portas da morte, temos esperança que algum milagre vai acontecer e quando não acontece... – Ela se sentou no chão e suspirou. – Encare a droga da realidade, Dean. É por causa da esperança que nos desapontamos. Que nos machucamos. Se ela não existisse, ficaríamos indiferentes com coisas ruins. Não teríamos que ter desapontamentos tão grandes a ponto de tirar as noites de sono e tornar os dias uma droga.
- E é assim que a grande Indianara vai ser derrotada? – Dean perguntou apoiando no guarda corpo. Tiveram que subir uma escadinha que dava para a porta, por isso havia o guarda corpo.
- Não. – Ela respondeu emburrada. – Isso é a grande Indianara à beira de um ataque de nervos.
Ele sorriu e se distanciou. Começou a caminhar pelo lugar que estavam, descendo as escadinhas. Foi parar no meio daquela pseudo sala, virando-se para ela.
- Ótimo. Não achei que ia ser assim tão fácil. – Ele comentou sorrindo.
- O quê...? – Ela se levantou e apoiou com os cotovelos no guarda corpo. – Dean, você está bem?
- Melhor impossível. – Ele disse e seus olhos ficaram negros. Na hora ela apontou a arma para ele. – Ah, largue isso, garota. Você sabe melhor que essas coisas não funcionam comigo. Só vão matar o seu amado Dean.
Indianara largou a arma. Desceu as escadas vagarosamente. Logo cada um estava parado de um lado, espreitando-se como leões a ponto de se atacarem.
- Vou perguntar uma vez. – A moça disse se controlando. – Cadê. A. Minha. Irmã?
- Kemily? – Ele perguntou com descaso e ela confirmou com a cabeça. – Foi embora. Junto com o Sam. E falando nisso, levaram o seu precioso carro embora.
- Ah, ta. – Ela respondeu sem acreditar.
- Encare a realidade, garota. – Ele disse encarando-a de frente. Indianara sustentou o olhar. – Ninguém te suporta. Coitada da Kemily. Nem sei como ela te agüentou por tanto tempo. Falando nisso, ela era a sua única amiga, não é? Percebeu que ela foi embora, o Sam foi embora e o seu amado ta me enchendo aqui... – Ele disse apontando para a própria cabeça. – Você está sozinha. Completamente sozinha.

Aquilo foi como um tapa na cabeça para ela. Encarou-se sozinha naquela sala.

Sozinha.

Sam caiu em cima de um monte de caixas, quebrando-as em pedacinhos. Dean se aproximava suspirando.
- Sam, Sam... É só dizer que tudo bem... – Dean se abaixou ao lado do irmão enquanto Sam limpava o sangue da boca. – Nós não somos tão diferentes assim.
Nem viu o soco que veio voando em seu rosto. Caiu no chão, arrastando-se para trás enquanto Sam levantava. Dean levantou logo em seguida, com cara de tédio.
- Vamos ficar fazendo isso por quanto tempo? – Ele perguntou checando no relógio. – Suas armas não me matam.
Sam simplesmente ignorou e mandou um chute bem no meio do peito daquele desgraçado, fazendo-o voar para o centro do local. Aproximava-se devagar, fuzilando-o com os olhos cheios de raiva.
- Calma... Sammy... – Dean disse tossindo por causa da falta de ar causada pelo chute repentino. – Se você me matar... Mata o seu irmão junto.
Sam parou imediatamente. Não podia fazer aquilo. Olhou para Dean jogado no chão e pensava o que raios ia fazer. Mal percebeu quando o demônio se levantou do chão e o jogou longe.
- Pelo amor de Deus, Sam... Você realmente acha que eu ia me cansar tão rápido? – Dean perguntou aquecendo os braços e estalando o pescoço.
- Você realmente pode falar "Deus" sem entrar em combustão espontânea? – Sam perguntou rindo. Dean aproximou-se e deu um chute na barriga dele.
- Não somos fracos que nem vocês humanos. – Ele disse agarrando os cabelos de Sam para levantar sua cabeça.
- Acontece que você não é um demônio. – Sam disse e, ao ver a expressão surpresa de Dean, abriu um sorriso, com a boca cheia de sangue.
Conseguiu se levantar e dar um soco naquele Dean assustado, fazendo-o cair no chão. Kemily e o Dean de verdade chegaram correndo nesse exato momento, vendo a cena de Sam atirando na testa de Dean, que desapareceu no ar.
- Sério. Quantas vezes você já atirou em mim? – Dean perguntou e Sam se virou, aliviado de vê-los. Mesmo assim, achou suspeito.
- Vocês... - Somos nós sim! – Kemily nem deixou que ele terminasse de falar. Correu até ele, passando a mão pela boca ensangüentada de Sam. – Meu dia de cuidar de você.
- É... Acho que sim... – Ele suspirou e foi até Dean. – Cadê a Indianara?
- Vamos procurá-la agora. – Dean declarou e eles começaram a andar. – Enquanto isso, você nos conta o que aconteceu.
- Ah, vocês vão adorar... – Sam disse sarcasticamente.

- E você quer me matar. – Indianara declarou após o choque de notar que estava sozinha. Abandonada.

Por isso não gostava de confiar nas pessoas.

- Ah, claro. – Dean disse como se fosse normal. – Depois vou caçar o Sam... E a sua irmãzinha.
E ela não agüentou mais. Kemily podia ter deixado-a para trás, mas ninguém falava assim de sua irmã. Saiu correndo na direção daquele protótipo de Dean, conseguindo acertá-lo com um soco. Ele ficou tão surpreso que ela conseguiu acertar outro.
Quando estava pronta para o terceiro, ele bateu nela. Enquanto a moça se recuperava, Dean a chutou na barriga, fazendo com que ela caísse no chão. Já que ela estava por lá, deu outro chute. A moça rolou.
- E pensar que Lúcifer caiu do céu por achar que vocês eram patéticos... – Ele suspirou enquanto ela tossia para recuperar o ar. – Você é patética. Tenho certeza que seu amado Dean aqui não sabe nem um décimo da sua vida, porque você não consegue confiar em ninguém mais, não é? Sozinha pro resto da vida.
Indianara conseguiu se apoiar nos antebraços enquanto ele se aproximava novamente. Quando ele parou ao seu lado, a moça se apoiou somente em um, chutando suas pernas. Dean perdeu o equilíbrio e aquilo deu tempo para ela se levantar.
Recuperado, partiu para cima da moça. Indianara pegou a faca que deixava de reserva em sua bota e atacou. Dean passou a mão pelo rosto, mostrando o corte enorme que ela tinha feito.
- Você vai mesmo me matar? – Dean perguntou fingindo uma cara inocente.
- Não. – Ela respondeu e abaixou a faca. Ele sorriu. - Exorcizamus te omnis...

Dean parou de sorrir e partiu para cima dela de novo.

- Immundus spiritus omnis... – Ela atacava com a faca, fazendo diversos cortes na roupa e na pele dele. - Satanica potestas...
Levava socos e chutes, mas não ia parar. Foi agarrada pelo cabelo, jogada pela sala, mas não parava de falar. Ela simplesmente não podia cravar aquela faca no peito de Dean.
Enquanto isso, Kemily, Dean de verdade e Sam começaram a se aproximar do local, correndo em direção a porta que ela não conseguira abrir antes e agora estava aberta.
- Qual é? Todo mundo resolveu me copiar hoje? – Dean perguntou irritado.
Indianara de repente caiu no chão e começou a ter dificuldades de levantar. Eles prestavam atenção começaram a correr mais rápido. A moça se ajoelhou no chão com dificuldade e tirou a faca que tinha se cravado em sua coxa. Viram também que ela tinha um corte cheio de sangue em sua regata branca.
Ela se levantou e olhava o Dean falso ameaçadoramente. Ele ria, já que sabia que logo ia ganhar. Indianara não duraria muito.

Mas ela abriu a boca.

- Libertate servire, te rogamus, audi nos! – Ela gritou. Dean olhou para ela de olhos arregalados. – DEVOLVE MEU DEAN, SUA VADIA!
A sala se encheu de uma fumaça negra e espessa. Os três alcançaram a porta, mas precisaram esperar o ar liberar para entrar. Quando a sala clareou, Indianara estava ajoelhada no chão, rindo que nem uma boba.
-Inddy! – Kemily saiu correndo até a irmã. – Você ta bem?! Por favor, me fala que não enlouqueceu...
- A gente já é doida naturalmente, né? – Indianara perguntou de volta. Kemily sorriu e abraçou a irmã. Sim, ela estava bem. – Vamos embora.
- Vem. – Kemily a puxou pelas mãos, fazendo-a levantar. – Dean, pode carregar minha criancinha carente?
- Não sou carente! – Indianara gritou, mas todo mundo ignorou.
- Com prazer. - Ele respondeu e se aproximou dela.
- Encosta um dedo em mim e eu te arrebento! Consigo andar sozinha! – Ela disse irritada e ameaçadoramente. – EI!
- Até parece que você está em condições de fazer alguma coisa... – Ele comentou rindo e ela só cruzou os braços, ficando quieta.
- Hora de voltar para o nosso querido hotel... – Kemily comentou grudando em Sam logo em seguida. Dessa vez não ia deixá-lo mesmo sair de vista.

- Não. Você vai ficar aqui. – Kemily dizia apontando para a cama. Sam estava parado no meio do quarto, de braços cruzados.
- Kemi, eu preciso tomar banho. – Ele repetia pela vigésima quinta vez. Sim, estava contando.
- Eu te lavo com uma esponja. – Ela respondeu. Ele se segurou para não rir. – É sério. Não subestime meus poderes, Sam Winchester. Vá pra cama agora.
- Mandona. – Sam respondeu com um sorriso um tanto safado no rosto. Realmente, aquela era a última reação que Kemily esperava dele. – Assiste T.V aí. Eu vou tomar banho.
- E o que faz você achar que eu vou desistir tão fácil? – Kemily perguntou se aproximando dele, deixando uma pequena distância entre os dois.

- Eu sou mais alto.

E assim a discussão terminou. Sam foi para seu banho e Kemily ficou emburrada na cama.

- Dean, sem grude! – Indianara disse logo que chegaram ao quarto. – Já pode me soltar.
Ele a deixou em cima da cama. Ela esticou as pernas e sorriu ao se sentar apoiada no travesseiro. Dean voltou com o kit de primeiros socorros e uma cadeira, sentando-se ao lado dela.
- Sabe... Eu nunca tive um médico tão lindo. – Ela disse brincando. Ele sorriu.
- Muito bem, mocinha. Pode ir tirando a blusa, preciso ver o seu estado aí embaixo. – Dean falou de uma maneira engraçada. Ela só ficou a encará-lo. – Não vai me dizer que você ta com vergonha de tirar a blusa pra mim?!
- Não. – Ela respondeu tirando a regata e jogando-a do outro lado da cama. – Não banca mais o doutor pra cima de mim. É bizarro.
- Ok... – Ele disse sorrindo e começando a limpar o corte que tinha feito a blusa branca virar vermelha.
- Hmmm... Eu to com fome. – Ela comentou de repente. – Tem como a gente sair pra comer?
- Com você nesse estado? Sem chance. – Ele respondeu e foi até a geladeira do quarto. Voltou com um pedaço de bolo que ela e Kemily insistiram em trazer para viagem. – Come e sossega.
Indianara pegou o bolo fazendo bico. Mesmo assim, não discutiu. Ligaram o rádio e voltaram para seus afazeres.
O tempo passou, Dean esbarrou nela e a moça derrubou um pedaço de bolo com bastante açúcar, ficando toda melecada. Ela olhou feio para Dean.
- Eu. Vou. Tomar banho. – Ela disse categoricamente e se levantou da cama, indo para o banheiro.
- Eu vou junto pra ter certeza que ta tudo bem.
- Dean... Eu to quente, melecada de suor e agora de açúcar. – Ela disse rindo e quase se trancando no banheiro. – A última coisa que eu preciso é você junto comigo.

E fechou a porta.

- Então pelo menos deixa a porta aberta pra eu poder checar você! – Ele disse e ela deixou uma fresta aberta. – Obrigado!

Kemily estava neurótica. Sam estava demorando a sair do banho. Será que estava tudo bem? Não prestava atenção na T.V, mas se estivesse realmente assistindo, perceberia que não tinham se passado nem dez minutos que ele estava lá dentro.
Ouviu o chuveiro fechar. Aliviou-se, já que isso era um sinal de que Sam não tinha desmaiado no banho. Voltou a prestar atenção no programa que assistia anteriormente, mas foi em vão, porque outra visão logo ocupou toda sua atenção.

Sam surgiu no quarto.

Só de toalha.

Não teve como não encarar. Ela começou a segui-lo com os olhos e só depois percebeu os hematomas e cortes que tinha por causa da luta.
- Tudo bem? – Ela se forçou a perguntar. Nem percebeu que tinha levantado da cama.
- Tudo. – Ele respondeu sorrindo. – Você sabe onde está minha roupa?
- No outro quarto. – Ela disse achando que ele já conhecia esse fato. Pela cara que ele fez, era óbvio que não sabia. – Você não vai colocar a roupa suja, né?
Pela cara que Sam fez, era óbvio que era exatamente isso que ele estava pensando. Ela rolou os olhos e o empurrou para a cama, fazendo-o sentar. Sam ficou surpreso, pensando o que raios ela ia fazer. Depois de alguns segundos com ele sentado e ela em pé na sua frente, Kemily sorriu.
- Vou buscar alguma coisa no outro quarto. Espera aí. – Ela disse e começou a se distanciar.
Por isso se assustou quando Sam segurou seu braço e a puxou para beijá-lo. Kemily teve que apoiar com o joelho na cama para não cair em cima dele. Quando finalmente pararam, ela estava realmente surpresa com a reação.
- Ok. Não vou pegar as roupas. – Ela disse dando de ombros. Distanciou-se de Sam e ele ficou se perguntando o que ela iria fazer. – Mas eu estou com roupas demais.
Quando ela se aproximou do rádio ele compreendeu. E a cara de bobo que fez foi o suficiente para que ela aumentasse ainda mais o sorriso safado. Começando uma dança,Kemily ligou o rádio.

- Cuando manda El corazón, siempre, siempre manda El AMOOOOOOR!

Eles não conseguiam acreditar. Kemily olhou com tanto ódio para o negócio que ele seria capaz de quebrar. E Sam ficou olhando com uma sobrancelha erguida.
- Não comenta... – Kemily disse brava, fazendo-o rir. Ela quase bateu no rádio para trocar de música. De todas as músicas do mundo, tinha que estar tocando justo aquela?!

A próxima música foi a escolhida para aquela noite.

 

Love is like a bomb

Babe, c’mon get it on


Ela foi se aproximando devagar de Sam. Ia aos poucos tirando a blusa. Ele já não sabia direito o que fazer, só sabia que se ela não chegasse logo, ia se levantar daquela cama e não responderia mais por seus atos.
E como ela não chegou logo, ele teve que se levantar. Ela só foi notar o que estava acontecendo quando se encontrou entre a parede e Sam de toalha. Um Sam de toalha bem bravo por ela provocar daquele jeito.

 

Television lover

Baby, go all night


Ela já estava ficando toda suada. Não via a hora de se livrar daquela maldita calça que aumentava ainda mais o seu calor. Assim, agarrou-o pelos cabelos e começou a empurrá-lo de volta para a cama. Quando conseguiu, Sam se estatelou na cama sem perceber que tinha chegado lá. Inspirada pela música, Kemily saiu de cima dele, que ficou olhando sem entender.
- Eu tive uma idéia. – Ela disse com um sorriso enorme no rosto.
- Eu tenho até medo da idéia... – Ele comentou sem levar muita fé na própria frase.

 

Little miss ah innocent, sugar me

Take a bottle, shake it up


E eis que, do nada, ela surgiu com uma garrafa de maple syrup (tipo um caramelo).
- O que você vai...? – Mas Sam não pode terminar a frase, pois logo em seguida ela derramou um pouco do caramelo nele e lambeu. Ele arregalou os olhos com o susto do momento. – Kemily...!
- Que foi? – Ela perguntou inocentemente, mas sorrindo. Sam sorriu de volta, ainda impressionado com a safadeza da pessoa.

 

Pour some sugar on me

Oh, I can’t get enough


É óbvio que, quase sem ela perceber, Sam pegou a garrafinha das mãos dela. Kemily só percebeu que alguma coisa estava acontecendo, pois se notou sendo agarrada e jogada na cama. E também, pois depois estava com o caramelo sendo derrubado na sua barriga.
A inconveniência de sua calça não durou muito tempo no lugar. Sam arrancou com tanta vontade que ela começou a dar risada. Logo os dois iniciaram uma pequena luta para ver quem ia ficar com a fatídica garrafa. Cabelos foram puxados e costas arranhadas para enfim voltarem a atenção para o caramelo. Aquilo ia deixá-los melecados para sempre.

 

I’m hot, sticky and sweet

From my head to my feet, yeah


Logo o caramelo foi esquecido, pois o gosto já havia ficado em suas bocas. Sam era mais forte do que ela pensava e Kemily era mais mandona do que ele pensava. O quarto inteiro estava abafado e parecia que o mundo ia acabar no dia seguinte. Eles já tinham se segurado e se comportado por muito tempo para deixar aquela chance escapar.
Eles nunca imaginaram que podiam conviver com o cansaço e a falta de ar.

 

Sugar me!

 

- Aposto que eles vão negar tudo amanhã. – Dean comentou enquanto puxava Indianara para a cama, ajudando-a a se deitar.
- Como se pudessem negar essa barulheira. – Ela disse de volta e começou a rir. – Eu vou ficar cantando essa música amanhã o dia inteiro...

- Sometime, anytime, sugar me sweet … - Indianara começou a cantarolar.
Estavam sentadas na mesa esperando os dois voltarem com o café da manhã. Realmente, aquele lugar estava sendo ótimo para grandes revelações. Foi só a irmã começar a cantar que Kemily arregalou os olhos e encarou-a boquiaberta.
- Não me diga que... – Ela começou a falar, mas foi interrompida.
- Little miss ah innocent sugar me, yeah! – A irmã quase berrou. Parou de cantar e sorriu. – Sério. Depois de todo aquele fuzuê que vocês fizeram no quarto, você realmente achou que eu não ia perceber?
- Não... – A moça ficou encarando a outra com os olhos arregalados. Indianara começou a rir. – Nem tem graça, viu? Sua boba.
- Depois eu e o Dean que somos animais. – A irmã respondeu com descaso. – Acho que vocês quebraram o quarto inteiro.
- Para o seu governo, não quebramos nada! – Kemily disse ficando um pouco irritada. Cruzou os braços e abaixou o tom. – Só vamos precisar de mais caramelo.
- E o que o caramelo tem a... WOW. – Indianara imediatamente entendeu quando a irmã lhe lançou um olhar significativo. – Animais! Que inveja!
- O quê? Até parece que você usaria o caramelo!
- Mas uma boa garrafa de Jack Daniels está na minha lista, ok?
- Bêbada! – Kemily disse boquiaberta.

As duas começaram a rir.

- Essa mesa está causando alegrias demais... – Sam disse ao vê-las logo que se aproximou. Já era a segunda vez que as encontrava rindo de manhã.
- Pode ser alguma magia. Ou macumba. – Dean disse achando aquilo realmente estranho. – Depois checamos a mesa por moedas.
- Diga-me, Dean... O que você prefere: caramelo ou Jack Daniels? – Kemily perguntou quando conseguiu ficar séria.
Mas logo que viram a reação de não entender nada dele, começaram a rir novamente. Sam entendeu e balançou a cabeça, rindo discretamente. Era a vez de Dean de não entender do que estavam falando.

- Ok. Hoje a gente não se separa. – Dean disse já na porta daquele maldito galpão.
- Vai ser bem mais fácil se ninguém se perder. – Sam disse olhando para Kemily.
- Não me culpe. Eu te obedeci da última vez. – Ela disse cruzando os braços.
- Sem separações hoje. Esse lugar ta parecendo o Labirinto. – Indianara disse pegando sua faca e abrindo a porta do lugar. – E o pior é que não tem nenhum David Bowie no centro dele.
Com isso, entraram no fatídico galpão. Tinham passado por poucas e boas para entender como deveriam caminhar. Estavam mais parecendo os quatro alegres de O Mágico de Oz, com medo de tigres, leões e ursos, meu Deus!
Mesmo assim, caminhavam. Qualquer virada, qualquer lugar que entravam, estavam juntos. Quando algum lugar era muito estreito, iam de dois em dois e – em casos extremos – um a um, com Dean e Sam nas pontas. Assim elas não poderiam sair correndo desvairadamente ao primeiro sinal de baratas e aranhas.

Já estavam andando tanto que nem sabiam mais por onde entraram. Esperavam encontrar logo aquela deusa desvairada e matá-la de uma vez por todas. Nem perceberam que tinham chegado a um lugar com um espaço enorme, já que as caixas estavam empilhadas nos cantos da sala. Só prestaram atenção quando ouviram um barulho vindo exatamente da frente deles. Todos apontaram as armas.
E eis que surgiu a deusa. Egípcia, usando um vestido vermelho, olhos castanhos escuros, quase negros, assim como os cabelos lisos que desciam até a cintura. Usava vários acessórios de ouro, mas mesmo assim era simples.
- Parabéns. – Ela disse batendo palma lentamente, mas fuzilando-os com o olhar. – Conseguiram sobreviver. Até agora.
- Ok, hora de voltar pro lugar que você veio, bruxa maluca. – Dean disse se preparando para atacar. A mulher levantou a mão, pedindo para que ele não fizesse nada.
- Esperem um pouco... Eu somente dei vislumbres das coisas que vocês mais temem! – Ela disse fingindo inocência. – E devo admitir, vocês foram os únicos que aguentaram até agora. Porque o difícil não é encontrar seu maior medo... Mas sim enfrentar a vocês mesmos. Seus medos estão... – E ela apontou para a cabeça. – Aqui. E eu consigo ver tudo.
- Que coisa meiga. – Kemily disse já perdendo a paciência. – Ela acha que é psicóloga.
- Kemily... É melhor não mexer comigo. – A deusa disse com um pequeno sorriso no canto dos lábios. – Ou entrego sua irmã morta em uma bandeja pelo seu namoradinho aí.
Kemily semicerrou os olhos. Ela odiava falar daquele tipo de coisa e já estava ficando bem irritada com aquela deusa que achava que podia mandar nela. Se aquela mulher continuasse enchendo, logo não ia mais responder por seus atos.
Dean, já de saco cheio de ouvir aquela mulher tagarelando, resolveu entrar em ação. Esperava pegá-la de surpresa, mas foi a última coisa que aconteceu. Com um simples movimento da mão, a mulher o jogou do outro lado da sala, fazendo com que um monte de caixas caísse sobre ele.
- Ok. Agora você ta pedindo pra morrer! – Kemily não conseguiu mais conter a raiva. Saiu correndo na direção da deusa.
E assim como Dean, um movimento foi suficiente para jogá-la em cima de Sam e fazer os dois rolarem juntos, indo parar passos atrás de Indianara. A deusa olhou para a moça.
- Alguma tentativa ou vai simplesmente ficar me olhando com cara de boba? – Aquela mulher insuportável perguntou.







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