Студопедия — Государственное автономное образовательное учреждение 9 страница
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Государственное автономное образовательное учреждение 9 страница






Mas era Indianara.

- Você me assustou, sua boba. – Kemily disse rindo, mas a irmã não sorriu. – O que foi?
- Por que você ainda está aqui? – Indianara perguntou. Kemily achou aquela pergunta muito esquisita.
- Como assim? – Ela perguntou de volta.
- Kemily... Você já percebeu que você é uma inútil por aqui?
- O quê? – Kemily perguntou sem acreditar. Por que ela estava falando aquele tipo de coisa de repente?
- Você não presta pra esse trabalho. – Indianara disse rindo em seguida. – Na verdade você não presta pra nada, mas já que estamos aqui... Você não é uma boa caçadora. Você é inútil. Só serve pra ficar me atrasando e dando problemas pra todo mundo.
- Como assim, Inddy? – Kemily perguntou de volta. – Eu te salvei várias vezes!
- E eu te salvei milhões! – A irmã gritou em seguida. Kemily se assustou. O que tinha dado nela? – Você só serve pra se perder! Você é um fardo! Eu não aguento mais te carregar pra lá e pra cá!
- Inddy...? O que ta acontecendo com você...? – Kemily perguntou segurando as lágrimas que ameaçavam cair de seus olhos.

- Ah, eu juro que mato esse Dean quando encontrá-lo... – Indianara amaldiçoava enquanto tentava achá-lo. – Como que ele me some desse jeito? Não é tão difícil andar por aí, é? Ele só precisava ir e voltar, eu mesma fiz isso!
Ela parou no meio do caminho e suspirou.
- Não acredito que estou preocupada com ele...
E continuou andando. Ainda amaldiçoando pelo meio do caminho, já que ela e a irmã estavam acostumadas a falar sozinhas. Quando começou a ouvir passos pelo local que andava, segurou sua faca com mais força. Esperou um pouco e quando o dono dos passos estava próximo, ela virou bruscamente, apontando a faca para ele.

E deparou-se com uma lâmina encostada em seu pescoço.

- Sam! Que susto! – Ela exclamou suspirando enquanto ele tirava a faca de perto dela.
- É. Você também me assustou. – Ele comentou de volta. – Hmmm... Não vai tirar a sua faca do meu peito?
- Se você tivesse o tamanho de uma pessoa normal, estaria no seu pescoço. – Ela comentou guardando a faca.
- Se você não fosse baixinha...
- Olha que eu pego a faca de volta.
- Tudo bem, calma. – Ele suspirou. – Cadê o Dean?
- Sumiu. Não encontrei a criatura em lugar nenhum. – Ela balançou a cabeça. – E a Kemi? Ta com você?
- Ela fugiu de mim. – Ele disse desconsoladamente. – Tava procurando a moça.
- Adoro essas pessoas que somem... – Indianara suspirou desolada.

De repente, ouviram um grito fraco que ecoou até eles.

- Você também...? – Sam perguntou e Indianara fez que sim com a cabeça. – Vem.
Os dois saíram correndo na direção do grito. Ou pelo menos para onde achavam que vinha o grito.

- O que ta acontecendo comigo?! – Indianara perguntou de volta, rodeando a irmã como um leão espreitando uma presa. – Você está acontecendo! Nem o Sam te agüenta! Sempre a daminha em perigo.
- Isso é mentira. – Kemily negou. – Você não está falando sério.
- Ah, estou. – A irmã respondeu. – Essa é a verdade que eu sempre quis te falar e você sempre teve medo de ouvir. Você é inútil. Você não presta.
- Para com isso.
-Você não manda em mim. – Indianara disse e de repente pegou uma arma, apontando-a para a irmã. Ameaçou atirar. Kemily gritou.
- Inddy! Para com isso!
- Chega! Você nunca devia ter vindo aqui! Eu te deixei pra que você não ficasse grudada no meu pé, servindo de problema pra mim! Eu tenho que correr atrás de você, eu tenho que resolver seus problemas, eu tenho que consertar as suas armas, eu tive que te ensinar a lutar... Você não faz nada por si mesma! – A moça gritava, abanando a arma para um lado e para o outro.
- Então você quer brigar? – Kemily perguntou, mas não estava muito disposta a bater na irmã.
- Não quero... Só quero você fora da minha vida! – Indianara cuspiu as palavras.
E quando ia atirar, Kemily bateu no braço da irmã, fazendo a arma voar longe. Logo em seguida, Indianara deu um soco no rosto dela, fazendo-a cambalear para trás. Em seguida, deu um chute, o que fez com que Kemily caísse no chão.
- Viu? Nem lutar comigo você consegue. – Ela disse com um sorriso insuportável no rosto.
Kemily chutou a parte de trás das pernas dela, fazendo com que a irmã caísse no chão. Imediatamente subiu em cima dela, batendo a contra gosto. Indianara finalmente defendeu um golpe, segurando os braços da irmã e jogando-a para o lado, levantando-se. Kemily levantou em seguida.
Indianara a segurou pelos cabelos, jogando-a na parede mais próxima. Ia bater na irmã, mas Kemily conseguiu desviar, dando um soco no flanco de Indianara. A moça cambaleou, mas voltou com mais raiva, conseguindo acertar alguns socos na irmã.
Finalmente estavam paradas, cada uma de um lado da sala, ofegantes. Kemily limpava o sangue que escorria da sua boca, enquanto Indianara ajeitava a postura, sorrindo.

Foi aí que Kemily finalmente percebeu o que estava acontecendo.

- Minha irmã não falaria essas coisas. – Kemily disse de repente. Indianara pareceu confusa por um momento.
- Então você acha que sou o quê? Um demônio? – Ela perguntou em deboche.
- Não. Só meu medo. – Kemily disse e o sorriso sumiu do rosto de Indianara. – Você não é minha irmã. A Indianara nunca reclamaria de ter que consertar minhas armas e de me ensinar a lutar, ela nunca diria que não me agüenta mais e tentaria me matar. Sabe por quê? Porque ela é minha irmã;. Irmãos se ajudam. Você; não é; a minha irmã.
- Kemily! – Ela ouviu Sam gritar.
- Kemi! – E logo em seguida a voz de sua irmã.
- Some daqui, sua vadia! – Ela gritou e, mirando bem no coração daquela imagem, atirou no que até agora acreditava ser sua irmã.

E no momento que fez isso, ela sumiu como fumaça.

- Kemi! – Sam gritou e imediatamente ela caiu sentada no chão. – Kemi! Você ta bem?!
- Melhor impossível. – Ela respondeu sorrindo enquanto ele se abaixava ao lado dele para ver o tamanho do estrago. Passou as mãos pelos joelhos da moça, que tinha cacos de vidro incrustados.
- Kemi! – Indianara correu escandalosamente até ela. – O que aconteceu?! Não foge mais do Sam desse jeito, criatura!
- Eu to bem! – Kemily respondeu rindo ao ver a preocupação no rosto da irmã. – Cadê o Dean?
- É verdade, temos que ir atrás dele... – Indianara comentou e a irmã fez menção de levantar. Ela e Sam passaram os braços dela por seus ombros e ajudaram-na a levantar. – Sério. Se você sumir de novo desse jeito, eu juro que faço picadinho de você!
- Calma... Não vou sumir. – Kemily disse e tirou os braços dos ombros da irmã, ficando apoiada só em Sam. Ele passou a mão livre pela cintura dela, quase a carregando. – Vocês querem saber o que aconteceu?
E enquanto procuravam por Dean, Kemily foi contando o que tinha acontecido para ela acabar daquele jeito sozinha.

- Ah, Dean, o que eu quero de você... Sabe... Nós, demônios, não somos seres muito complexos. Nossas motivações são bem simples... – Sam falava enquanto rodeavaIndianara. – Simplesmente quero te fazer sofrer.
- Simplesmente? – Dean perguntou sem acreditar. – Então você pensou "ah, que tédio aqui embaixo. Que tal dar uma subidinha lá em cima pra fazer o Dean sofrer? Isso sim alegraria meu dia!"
Sam ficou observando Dean com uma sobrancelha erguida, pensando durante um momento. Dean olhava para ele sem acreditar.
- É. Basicamente isso. – Ele respondeu dando de ombros.
- Ah, claro. Como eu não pensei nisso antes.
- E eu estou apenas começando. – Sam disse e segurou o pescoço da moça. Dean fez menção de atacá-lo. – Um passo... E ela morre. Agora vejamos, Dean, o que você vai fazer? Se você andar, ela morre. Se você não andar... Oh, ela morre também!
- Seu...
- Dean! – Ele ouviu Indianara chamando. Olhou para ela. – Mata esse filho da mãe. Pela minha irmã. Pela Kemily.
- Não. Nem pensa nisso, eu vou...
- Dean... Eu... Eu te...

Mas ela não conseguiu terminar a frase. Sam soltou a moça e ela caiu morta no chão, ao lado da irmã.

- Não! Seu...
- Ah! Seu... Seu...! – Sam disse em uma voz afeminada. – É só isso que você consegue falar?
Dean puxou a arma e atirou em Sam, mas ele se desviou no momento certo. Com um gesto da mão, a arma voou para longe de Dean, deixando-o completamente desarmado.
- Ah, pode deixar que eu te mato a segunda vez, seu desgraçado! – Dean gritou e avançou em cima de Sam, derrubando-o no chão.
Segurou o irmão com as pernas e começou a bater sem dó nem piedade. Sabia que aquele lá não era Sam. Sabia que aquele lá era aquele demonizinho insuportável que resolveu importuná-los desde antes de nascerem. E ia dar um fim na existência daquele bastardo.
Sam o empurrou com força suficiente para jogá-lo longe. Dean parou em uma parede, atordoado, e essa foi a deixa para que Sam pudesse bater nele. Após alguns socos, Dean conseguiu revidar, batendo em Sam e jogando-o longe.

Foi aí que ele percebeu que aquela cena não fazia sentido nenhum. Absolutamente nenhum.

- Eu te matei. – Ele disse com um sorrisinho no rosto. – Eu matei esse cretino, sua deusa inútil! Quer me fazer ter medo?! Então me dá uma coisa que faz sentido, sua vadia!
E assim, Sam sumiu, junto com as moças que estavam mortas no chão. Ele começou a rir sozinho.
- É, parece que eu acabei com o seu feitiçozinho, bruxa de araque...
- Dean! – Ele ouviu três pessoas gritarem. Três pessoas que ele conhecia bem.
- Você ta bem?! – Indianara chegou correndo até ele. Viu que Sam segurava uma Kemily semi destruída e por isso não veio até ele.
- Yep. Nada para se preocupar. – Ele mentiu com um sorrisinho no rosto. E em seguida recebeu um tapa. – O que foi?! Ta louca?!
- Não some mais desse jeito, seu idiota! – Indianara respondeu brava e rolando os olhos. – Vamos embora antes que apareça alguma coisa grande o suficiente pra nos comer vivos.
- Tipo uma aranha?
- Dean... Você não tem ideia do perigo que está caminhando na sua frente, tem? – Ela perguntou se distanciando, antes que ela mesma matasse aquele infeliz. Dean só se limitou a sorrir.

- Tem certeza? – Indianara perguntou para Sam. Os dois estavam do lado de fora dos quartos.
- Tenho. Relaxa que eu cuido dela essa noite. – Sam disse dando aquele típico de sorriso fofo. – E não estou a fim de agüentar o mau humor do Dean também.
- Ok. – Ela respondeu rindo. – Eu agüento. Boa noite, Sam.
- Boa noite.

E cada um entrou em seu respectivo quarto.

- Ela não ficou chateada? – Kemily perguntou logo que Sam fechou a porta do quarto. Estava de pijama, curto por sinal, e deitada na cama.
- Não. – Ele disse dando de ombros e indo até ela. – Agora fica quietinha pra eu poder cuidar de você.
Sam começou a tirar o sangue dos machucados. Kemily fechou a boca, mas estava com um sorrisinho no rosto, obviamente se concentrando para não rir. Ele só foi perceber quando foi cuidar de um hematoma no ombro dela.
- O que foi?
- Nada. – Ela respondeu e começou a rir. – Você é tão atencioso.
- E isso te dá vontade de rir? – Ele perguntou com uma sobrancelha erguida e ela fez que sim com a cabeça. – Maluquinha...
O que Kemily não disse é que achava aquilo fofo. E isso sim a dava vontade de rir. Não por achar engraçado, mas é que era a primeira vez que conhecia um cara como Sam. Ela estava feliz.

- Bom, acho que os dois vão se comportar essa noite. – Indianara disse entrando no quarto. Encontrou Dean saindo do banheiro após ter lavado o rosto e com o rádio ligado em alguma música. – Ta tudo bem?
- Ta. – Dean se limitou a olhar para ela e dar um sorriso, sem sair do lugar.
- Dean... Você não disse nada do que aconteceu lá dentro. – Ela disse indo até ele. Dean rolou os olhos.
- Não tem o que falar de lá. – Respondeu suspirando no final da frase. Indianara parou entre ele e a porta do banheiro. – Não força.
- É claro que eu vou forçar. – Ela disse sabendo que estava dando uma de chata. – Você ta muito quieto. E aquele sorriso forçado não me convence.
- Deixa pra lá. – Ele falou categoricamente. Sim, ela estava conseguindo irritá-lo.
- Não. – Indianara cruzou os braços. – Dean, alguma coisa séria aconteceu. Eu quero te ajudar.
- Indianara. Esquece.
- Mas...
- Esquece! – Ele finalmente explodiu e acabou socando o batente da porta ao lado dela. Olhou para o chão em seguida.
- E depois fala que não é nada. – Ela suspirou e segurou a mão dele, que estava sangrando.
Foram até um canto do quarto com uma mesa. Lá em cima tinham colocado algumas coisas de primeiros socorros. Indianara começou a limpar o sangue da mão dele, olhando para Dean algum tempo depois.
- Você não teria socado o batente por causa de nada. – Ela comentou e voltou a atenção para a mão dele.
- Ok. Você quer saber? – Dean perguntou irritado. – O Sam era um demônio. Ele matou a Kemily. E em seguida matou você. Feliz agora?
Ela voltou a olhar Dean nos olhos. Segurou-o pela nuca e o beijou. Aquela reação desencadeou o que a moça estava tentando evitar desde o começo.

 

You’ve been running and hiding much too long

You know it’s just your foolish pride


Dean a jogou contra a parede e os dois voltaram a se beijar, como se aquilo nunca mais fosse acontecer em suas vidas. Ela levantou os braços para ajudá-lo a tirar sua blusa, segurando nos ombros de Dean enquanto ele começava a beijar seu pescoço. Em seguida, Indianara trocou de posições, a fim de colocá-lo na parede.
Um tempo depois, ela o puxou pela camiseta, arrancando aquela jaqueta enquanto caminhavam. Dean se sentou na cama, puxando-a para que ela se sentasse em seu colo.Indianara quase literalmente arrancou a blusa de Dean. Sabia que não era para ser racional naquele momento.

 

But like a fool, I fell in love with you

You turned my whole world upside down


Os dois pararam por um momento e se olharam nos olhos, de perto. Dean voltou a beijá-la, descendo os beijos até os ombros da moça. Indianara subiu uma mão pela nuca dele, puxando um pouco do cabelo ao alcançá-lo. Em um movimento rápido, Dean a segurou pela cintura, deitando em cima dela.
Os sapatos que usavam voaram para algum canto esquecido do quarto. Ela arrancou o cinto de Dean com força e ele fez o mesmo enquanto beijava a barriga da moça.Indianara puxou-o pelos ombros de volta, a fim de beijá-lo. Precisava beijá-lo.
- Dean... – Ela ia começar a falar alguma coisa. Não sabia se ia pedir desculpas por ter ido embora da última vez ou se simplesmente ia falar que agora estavam ferrados.
- Não fala. – Dean disse e a beijou a fim de fazê-la ficar quieta. Sabia que ela ia falar uma daquelas coisas, mas aquele momento não era para pensar. Definitivamente.

 

Please don’t say we’ll never find a way

Or tell me all my love is in vain


Indianara compreendeu. Parou de tentar falar e bloqueou qualquer coisa que seu cérebro quisesse racionalizar. Simplesmente sabia que eles precisavam daquilo. Estavam fugindo há muito tempo.
Aquela noite foi melhor do que qualquer declaração que pudessem fazer.

 

Darling, won’t you ease my worried mind

 

Dean estava novamente naquele lugar escuro. Novamente com Sam possuído.
- Ah, que lindo. Vocês dois são um casal. – "Sam" disse rindo cruelmente. – Últimas palavras?
Ele passou a mão no rosto de Indianara. Ela desviou o rosto e não disse nada.
- Última chance de dizer adeus ao se Romeu, Julieta. – O demônio disse agora furioso com ela. Dean não conseguia se mexer, não conseguia fazer nada. Estava começando a se desesperar.
- Dean... Eu te...
E ela morreu.

- Não! – Dean gritou, sentando-se assustado na cama. Finalmente percebeu que estava sonhando. Passou a mão pela testa suada.
- Dean...? – Indianara perguntou com voz de sono. Ela abriu os olhos e encontrou-o sentado. Sentou-se também. – O que foi...?
- Nada. – Ele respondeu suspirando. Olhou para ela, encontrando um olhar cético.
- Você acorda gritando e todo suado e não é nada? – Ela perguntou passando a mão na testa dele, como ele fizera antes. – Você precisa aprender a mentir melhor...
- Só um sonho. Não é nada.
Indianara sorriu. Deitou-se novamente, puxando-o pela mão e fazendo com que Dean a abraçasse.
- Eu to aqui. Não vou fugir, viu? – Ela perguntou ainda sonolenta. Dean não pode deixar de dar um pequeno sorriso. – Tenta dormir... E se acalmar. – Suspirou. - Puxa um pouco o lençol? To com frio.
Ele puxou o lençol mais para cima e beijou o pescoço da moça. Indianara sorriu e puxou um pouco mais a mão dele, a fim de que ele não desistisse de abraçá-la. Assim, conseguiram dormir sem mais nenhuma perturbação.

Capítulo 7 – I’m hot, sticky and sweet

- Dean... – Indianara o chamou com voz de sono. – Dean... – Ela começou a chacoalhá-lo. – Tem algum chato na porta...
- Deve ser o Sam... – Ele reclamou segurando a mão dela que o chacoalhava e puxando-a para perto. Os dois estavam de bruços, o que fez com que a moça quase acabasse em cima dele. – Deixa... Daqui a pouco ele vai embora.
Ela sorriu e escondeu o rosto no pescoço dele, os dois ainda de mãos dadas. Depois de um tempo de silêncio, as batidas na porta voltaram. Indianara suspirou.
- Ou não. – Ela disse e se sentou na cama. Dean fez o mesmo, contrariado. – Vai lá ver o que ele quer. Preciso ir ao banheiro.
Indianara se levantou e pegou a jaqueta dele, que estava no chão. Colocou aquela coisa imensa, fechando o zíper e caminhando até o banheiro sonolentamente. Dean sorriu ao vê-la com aquele casaco ridiculamente grande e colocou a calça ao se irritar novamente com Sam batendo insistentemente.
- Que foi? – Dean perguntou abrindo a porta. Sam levantou uma sobrancelha.
- Nossa, nem ela conseguiu te tirar do mau humor? – Ele perguntou e Dean fechou um pouco a porta, já que Sam não tinha notado o que havia ocorrido à noite.
- Não. O que foi?
- Eu e a Kemi pensamos em ir tomar café da manhã... Achei que vocês iam estar com fome.
- Ok. – Dean deu de ombros e, de repente, a cabeça de Indianara surgiu de dentro do banheiro.
- Só vou tomar um banho rapidinho. Dá pra esperar? – Ela perguntou e Sam respondeu que sim, sempre com aquela cara fofa e complacente. Não tinha como se irritar com ele. Dean fechou a porta e começou a se aproximar do banheiro com um sorriso safado. – Ah, não. Você fica aí fora. Ou vamos demorar horas nessa droga de banho e eu realmente quero ser rápida. To com fome.

E fechou a porta na cara de Dean.

- Parece que você nem dormiu essa noite. – Kemily comentou olhando a cara de sono da irmã.
Estavam na lanchonete. Como a garçonete praticamente não atendia mulheres, Sam e Dean foram até o balcão pedir tudo e esperar a comida enquanto as moças guardavam a mesa. Indianara olhou para a irmã e bocejou.
- É. Não dormi muito bem essa noite... – Ela mentiu. – E você? Como estão os machucados?
- Tudo bem... O Sam tem uma habilidade e tanto pra cuidar de machucados. – Kemily disse piscando safadamente. – Imagina em outros departamentos.
As duas começaram a rir. Indianara começou a sentir um pouco de calor e escorregou o casaco pelos ombros, não o tirando totalmente. Estava com uma blusa regata e logoKemily arregalou os olhos.
- Você não lutou ontem, lutou? – Ela perguntou e Indianara não entendeu o porquê da preocupação dela. – O que aconteceu pra você estar machucada no ombro?
A moça olhou para o próprio ombro e deparou-se com uma marca roxa relativamente grande. Lembrou-se da noite anterior, quando Dean empurrou-a contra a parede e ela bateu no que parecia ser um batente. Na hora nem percebeu e não iria perceber se Kemily não tivesse falado.
- Bom... – Indianara ergueu uma sobrancelha e encarou a irmã. – O Dean aconteceu.
- Quer dizer que vocês...? – Kemily nem precisou terminar de perguntar, já que a irmã confirmou com a cabeça. – Ah, a alegria! – E começou a ter chiliques. – SABIA, SABIA, SABIA, SABIA, SABIA...! – E a dançar na cadeira.
- Eu não te conheço. Sério. – A voz de Indianara era séria, mas a moça dava risada. Dean e Sam se aproximaram.
- Sabia de quê? – Sam perguntou curioso.
Os dois se sentaram à mesa. Indianara e Kemily ficaram quietas e só se entreolharam, dando um olhar significativo para Dean. Depois olharam para Sam novamente. E voltaram a rir. Para a surpresa de Sam, até Dean deu uma risadinha.
- Só eu não sei do que vocês estão falando? – Ele perguntou perdido e elas confirmaram com a cabeça, ainda rindo. – Ok.
Aquele seria um longo café da manhã.

- E como foi? – Kemily perguntou sentada na cama, toda animada. Indianara rolou os olhos.
- Você não vai parar de perguntar isso, vai? – Ela disse com o olhar de morte e carregando a arma. Já estavam quase de saída.
- Não! – A irmã respondeu com um sorriso colgate no rosto. – Meu... Você até ficou machucada. Seus animais.

[n/a: Minha prima realmente disse isso quando leu o que eu tinha escrito. Também te amo.]

- Ok, ok... – Indianara suspirou enquanto guardava a arma na calça. – Foi bom.
Kemily ficou com cara de nada. Simplesmente olhou para a irmã, mentalizando suas mãos enforcando aquela criatura sem noção que simplesmente respondia "foi bom".
- Ei! Estão prontas?! – E ouviu-se Dean batendo na porta.
- Eu amo essa coisa... – Indianara murmurou e foi saltitante até a porta enquanto Kemily a seguia mais que emburrada. – Vamos!
- Que cara é essa, Kemi? – Sam perguntou ao ver o olhar de morte constante e a aura negra da pessoa que se aproximava.
- Nada...
Foram com os dois carros até aquele bendito lugar. Já era de noite e estavam de saco cheio de ir para lá. Pegaram as armas e entraram na escuridão tão conhecida. As irmãs mal se falavam, já que Kemily estava a ponto de se jogar no pescoço da irmã.
- Ok. Inddy vem comigo, Sam vai com a Kemi... – Dean disse ao entrarem. – Vocês já sabem.
- Ah, não. – Indianara se manifestou. – Não vou largar da Kemi.

E a irmã a fuzilou com o olhar.

- Você pode estar querendo me matar, mas não vou deixar ninguém mais bater em você. Nem que seja eu.
- Não se preocupe. Inddy, eu cuido dela. – Sam disse e a moça suspirou.
- Ei. E você? – Dean perguntou já começando a se preocupar.
- Não vou deixar essa coisa sair do meu campo de visão. – Kemily disse batendo continência. – É sério agora. Não vou deixar mesmo.
E se separaram.

Indianara e Dean andaram uma boa parte do caminho procurando aquela deusa maluca que estava brincando tanto com eles. Encontraram novamente um lugar todo escuro como no dia em que Dean se perdeu.
- Dessa vez a gente vai junto. – Dean disse e ela concordou.

Depois de um tempo, só ele voltou.

- Ah, ta bom, Indianara. Até parece que dá pra isso acontecer duas vezes com a gente. – Ele reclamou e deu uma risada sem humor. – Pode sair agora, linda. A brincadeira nem teve graça.

Mas ela não respondeu.

E Dean finalmente se tocou que ela tinha se perdido no escuro como no dia anterior. Suspirando, ele se enfiou nas sombras novamente para arrancá-la de lá.

- E como se não fosse suficiente a anta do Dean se perder no escuro ontem... – Indianara ia reclamando enquanto andava. Era de família. – Eu me perco hoje. Não podia ser num lugar mais iluminado, não? Não, não podia! Agora eu vou ficar rodando durante horas no escuro até tropeçar em alguma coisa e morrer comida por uma aranha gigante. Boa, Indianara Marques, super inteligente. Eu vou morrer nova e vai ser culpa dessa droga de trabalho. – Ela parou de andar e se encostou em uma parede ao ver uma luz. – Eu preciso me aposentar. Urgente.

Ouviu um barulho. Algo ou alguém estava se aproximando. Ela apontou a arma para a escuridão.

- Legal. E eu não tive nem tempo de levar a Kemi pra conhecer a Torre Eiffel... – Ela reclamou com arrependimento verdadeiro.

E da escuridão, eis que surge Dean.

- Sério. Só não te bato agora porque to muito feliz de te ver. – Ela disse suspirando. Dean começou a rir.
- O que é isso? Eu te assustei? – Ele perguntou ainda rindo e ela voltou a se encostar, suspirando.
- Ah, esquece. Qual é o caminho de volta?
- Era por isso que eu estava vindo para cá. – Dean comentou. Ela olhou sem entender. – Uma porta fechou atrás de mim. Não tem jeito de abrir.
- Que bom... – Ela comentou sem esperanças. – Bom vamos checar do outro lado.

E começaram a desbravar o lado oposto da escuridão.

- Eu nem percebi que passei por uma porta quando vim pra cá... – Ela comentou e ouviu Dean dando uma risadinha. Bateu nele. – Vai rindo. Palhaço.

- Vê se não some dessa vez, viu? – Sam perguntou para Kemily enquanto caminhavam juntos.
- Relaxa. Depois de ontem não vou correr de você nunca mais. – Ela respondeu, fazendo-o rir.
Andaram muito. Até que acharam o mesmo corredor do dia anterior. Os dois se olharam e Sam semicerrou os olhos.
- Fica. – Ele disse como se fosse para um cachorro. Ela fez que sim com a cabeça e ele começou a andar. Virou-se depois de um tempo. – Sério. Fica.
- Relaxa. Eu não vou sair correndo. – Kemily respondeu. Abriu um enorme sorriso de "santa" depois.
Sam balançou a cabeça, sorrindo. Pôs-se a andar em direção à escuridão. Kemily ficou esperando. E esperou.

E esperou.

- Ok, Sam. Já ta na hora de voltar, você não acha? – Ela perguntou, mas nada. – Homem, sai daí agora! E se me assustar... Eu te mordo!

Nada.

Kemily finalmente compreendeu o que aconteceu.







Дата добавления: 2015-08-27; просмотров: 418. Нарушение авторских прав; Мы поможем в написании вашей работы!



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