Студопедия — Государственное автономное образовательное учреждение 8 страница
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Государственное автономное образовательное учреждение 8 страница






Então, ouviram um barulho.

Olharam para a escuridão e viram a figura que gradualmente saía de lá. Quando a criatura chegou à luz tênue e acinzentada do dia, não conseguiram acreditar. Apontaram as armas.

- Vamos almoçar? – Kemily perguntou de repente. Dean estava sentado na cama de Indianara, folheando o exemplar antigo de Drácula, que ela carregava para lá e para cá.
- Aleluia. – Ele comentou deixando o livro no criado mudo. – Achei que ia morrer de fome.
- Só vou me trocar. – Ela disse e pegou algumas roupas na mala. Saiu do banheiro após um tempo, penteando os cabelos. – Ei, Dean. O que vocês viram ontem à noite?
- Oi?
- Ontem. O que tinha no quarto? – Ela perguntou novamente. – A Inddy não quis contar.
- Cães do inferno. – Ele disse quase dando de ombros. Kemily fez cara de entendimento. – É verdade que você tem medo de espíritos?
- O Sam tinha que contar, não? – Ela perguntou de volta, nem um pouco feliz. – Tenho um pouco sim. Meio trauma de infância. Mas o Sam não tem e ele parecia um pouco... Agitado demais.
- Era por causa de você. – Dean explicou rindo da cara que ela fez depois. – O Sam é meio bobão com mulheres, um garoto apaixonado.
- Ah, que meigo... – Kemily comentou sarcasticamente.
- Ele gosta de você. – Dean deu de ombros. – E vocês estavam sem armas.
- Ok. Faz sentido agora. – Ela comentou pegando uma arma na mala e prendendo na calça. – Que nem a Inddy.
- O que tem ela?
- Ah, vai. Ela ficou com mais medo de você ser estraçalhado do que dos cães do inferno. – Kemily disse rindo. – Mas ela é orgulhosa. Se souber que eu te disse isso, vai me matar. Vamos?
Foi só ela falar isso que o clima do quarto mudou. Ficou mais gelado, como se tivesse um ar condicionado, o chão virou um carpete felpudo e bem cuidado e tudo ficou extremamente mais claro. Não era possível.

- Sério? – Sam e Indianara perguntaram juntos.

Um palhaço.

- Você tem medo de palhaços? – Indianara confirmou com Sam.
- E você também? – Ele perguntou de volta. O palhaço começou a se aproximar. – Nem pense em chegar mais perto!
- Nunca gostei desde criança! – Ela disse mirando a shotgun e caminhando para trás vagarosamente, assim como ele.
- O que vamos fazer com... Isso? – Ele disse tentando pensar em alguma coisa. Enquanto isso, o palhaço, com as roupas esfarrapadas e um sorriso maníaco, ia se aproximando deles.
- Não sei! – Ela disse realmente sem saber o que fazer.
- Vamos brincar, crianças? – O palhaço perguntou em uma voz assustadora e puxando o "s" no final da frase.
- Se você der mais um passo, eu atiro! – Sam ameaçou.
E o palhaço deu um passo. Os dois atiraram juntos duas, três vezes. A roupa da criatura soltou tanta poeira que precisaram esperar um tempo em um silêncio apreensivo de expectativa para ver se tinha funcionado. Quando a poeira se dissipou, ouviram uma risada maníaca.
- Minha vez! – O palhaço praticamente gritou e partiu para cima deles.

- O quê? – Dean e Kemily perguntaram ao verem onde estavam.
Um avião. Cheio de pessoas, viajando à noite. Dean estava sentado na poltrona ao lado da janela, enquanto Kemily estava em pé no meio do corredor. Sua mala havia sumido e a única coisa que tinham naquele momento era a arma que a moça tinha colocado na calça.
- A senhorita está precisando de alguma coisa? – Uma aeromoça tocou o ombro de Kemily.
- Inddy? – Ela perguntou confusa. A aeromoça ficou olhando para ela sem entender. Era incrível como aquela mulher parecia a irmã de Kemily. – Hmmm, não. Obrigada.
- Poderia se sentar? A senhorita está no meio do caminho. – Ela pediu com um sorriso simpático. Kemily se sentou e ela e Dean ficaram encarando o corredor sem entender nada. – Pode vir.
Foi só a aeromoça chamar que apareceu o que seria uma aeromoça na versão masculina. Um cara estupidamente parecido com Sam empurrava o carrinho enquanto a aeromoça entregava as comidas e bebidas aos passageiros.
- Dean... O que diabos está acontecendo?! – Kemily perguntou começando a ficar irritada.
- E você acha que eu sei?! – Ele perguntou mais confuso do que ela. – Por que os dois são... São...
- Comissários de bordo? – Kemily perguntou e ele confirmou com a cabeça. – E você acha que eu sei?
! Os dois observaram o avião durante um tempo. Viram os protótipos de Indianara e Sam conversando animadamente na cozinha do avião, como se fossem melhores amigos. De repente, o avião balançou.
- Ah, não... – Os dois comentaram juntos, segurando-se nas cadeiras. O piloto anunciou o que eles temiam: turbulência.

Foi tudo tão rápido que Sam nem percebeu o que tinha acontecido. O palhaço de repente pulou em cima de Indianara, rolando no chão junto com a moça e parando em cima dela. Só foi conseguir ter uma reação quando viu o troço com dentes extremamente afiados tentando comê-la viva.
Atirou, mesmo que não funcionasse. Isso fez com que o palhaço a soltasse um pouco e Sam o chutou para longe dela. Ajudou Indianara a se levantar e os dois saíram correndo.
- Podia ser qualquer coisa! – Ela comentou enquanto corria junto com ele, sem olhar para trás. – Mas não! Tinha que ser um palhaço!
Sam teria rido se não estivessem correndo loucamente daquele jeito. Já tinham corrido uma boa porção do galpão, mas não faziam a menor idéia para onde estavam indo.
- Onde que é a saída? – Ele perguntou e finalmente pararam ofegantes. – Eu jurava que era para esse lado, mas a porta não está em nenhum lugar!
- Ótimo! Estamos perdidos! – Ela comentou ironicamente.
- Não é uma maravilha?! – O palhaço perguntou surgindo em cima de uma caixa. Os dois olharam para ele, preparando-se para atirar, correr ou qualquer coisa. – Não estamos nos divertindo crianças?
- Vocês fizeram alguma coisa ontem à noite? – Sam perguntou para Indianara enquanto se distanciavam vagarosamente do palhaço, que tinha pulado daquela altura enorme e aterrissado no chão sem um machucado sequer.
- O quê? – Ela ficou confusa. – Como assim?
- Tudo sumiu de repente! – Sam explicou com uma ponta de desespero. – Eu e a Kemi não fizemos nada! Tem que ter sido vocês!
A moça começou a repassar a noite anterior mentalmente enquanto prestava atenção no palhaço predador. Tinham que ter feito alguma coisa. Lembrou-se do escuro, dos barulhos, da porta, de Dean...

Finalmente se lembrou.

- Ah, não. Turbulência não... – Kemily murmurou de olhos fechados. Geralmente não tinha medo de aviões, somente da decolagem e do pouso, mas turbulências a deixavam apreensiva.
- This is the face that stones you cold, this is the moment that needs to breathe … - Dean cantava baixinho e de olhos fechados enquanto Kemily olhava para ele com uma sobrancelha erguida.
O avião balançou mais uma vez. Só que dessa vez mais forte do que da outra. O protótipo de Sam atravessou o corredor para falar com o piloto. Dean e Kemily só observavam.
- Não estou gostando disso... – Ela comentou apreensiva. Mais uma balançada. A aeromoça Indianara atravessou o corredor quase correndo em seus saltinhos fininhos. Entrou no compartimento do piloto. – Não estou gostando mesmo.
Mais uma balançada. Dessa vez, parecia que o avião tinha inclinado. As luzes piscaram. Dean e Kemily agarraram os braços do assento, o que fez com que Kemily agarrasse uma mão de Dean. Os comissários de bordo apareceram.
- Ah, isso não pode ser bom! – Kemily comentou mais alto. Dean tinha parado de cantarolar.
Umas luzinhas apareceram enquanto as luzes principais do avião começaram a piscar. Ela segurou a mão de Dean com mais força e ele segurou de volta. O piloto começou a dar instruções sobre alguma coisa e finalmente falou a frase que os dois esperavam: estamos perdendo altitude.
- Estamos perdendo altitude?! – Kemily repetiu indignada. – Estamos caindo!
- A gente tem que dar um jeito de sair daqui. – Dean comentou olhando para todos os lados. Máscaras caíram na frente deles.
- Por favor, coloquem as máscaras! – A aeromoça gritava.
- Senhorita, coloque a máscara. – O comissário Sam disse para Kemily e foi ajudar uma senhora que não conseguia colocar a máscara. Enquanto isso o avião chacoalhava cada vez mais.
- Ei! Aeromoça! – Dean gritou preocupado. A quase Indianara virou. – Não vai colocar a sua máscara?!
- Preciso ajudar todo mundo antes, senhor! – Ela disse de volta e o avião chacoalhou com mais agressividade, fazendo a moça agarrar uma poltrona e fechar os olhos em terror. Dean ficou desesperado. – Coloque a sua máscara!
- Mas... – E ela foi embora, sem deixar que Dean terminasse a frase. Ele entendeu que era realmente como ela era: ajudar todo mundo e depois pensar em si mesma. – Precisamos sair daqui, Kemi.
- Já pensou em alguma coisa? – Ela perguntou com uma ponta de irritação.
Dean olhou para os lados e viu que, do lado de fora, as asas do avião começaram a se desfazer. Tirou a máscara e se levantou, agarrando a mão de Kemily.
- Não, mas não vou ficar parado aqui. – Ele disse e tirou a máscara dela. – Vamos fazer alguma coisa.
Kemily se levantou e caminhou atrás de Dean até a porta da cabine do piloto. Iam segurando nas poltronas e ignorando os comissários de bordo que gritavam para eles se sentarem.
Abriram a porta do piloto. Não havia ninguém lá.

- A faca! – Indianara gritou de repente, lembrando-se. Sam olhou sem entender.
Antes que pudesse explicar, o sorriso do palhaço se transformou em uma feição raivosa. Ela ia tirar a faca da calça, mas ele a jogou no outro canto da sala, correndo em direção à moça.
Algumas caixas caíram em cima de Indianara quando ela aterrissou do outro lado. Estava parcialmente presa e não poderia se safar daquele jeito. Viu que Sam vinha correndo, logo atrás do palhaço. Tirou a faca do lugar e a colocou no chão.
- SAM! – Ela gritou e empurrou a faca.
A arma foi parar nos pés dele. O palhaço tinha acabado de chegar a Indianara, preparando-se para matá-la. Sam agarrou a faca e cravou-a nas costas daquela fantasia colorida. O palhaço deu um berro e, do mesmo jeito que apareceu, sumiu.

- Ok! Vamos pilotar essa coisa! – Kemily disse entrando no compartimento. Dean foi atrás dela, batendo a porta na cara do comissário Sam e trancando-a.
- E por acaso você sabe pilotar uma droga de avião?! – Ele perguntou enquanto ela se sentava em uma das poltronas estofadas.
- Não! – Ela respondeu dando de ombros. – É a melhor opção que temos! Deve ter algum manual por aqui...
Eles procuraram, mas não acharam nada. Dean se sentou em uma das poltronas ao lado dela. Os dois pegaram o que seria o volante.
- Ok, Anakin. – Dean disse respirando fundo. – Não me desaponte.
Os dois tentaram de tudo, mas não estava funcionando. O avião chegava cada vez mais perto do chão. A porta estava quase sendo aberta pelos comissários. Faltavam alguns segundos para o avião cair. Kemily estendeu a mão para Dean. Ele fez o mesmo. Fecharam os olhos.

De repente, estavam de volta ao quarto.

- O QUÊ?! – Eles gritaram sem entender mais nada.

Sam ajudou a moça a se levantar. Indianara tinha um pouco de sangue escorrendo da testa, resultado de uma caixa que tinha batido na sua cabeça. Mas não era nada de muito grave.
- Precisamos avisar Dean e Kemi. – Sam disse enquanto caminhavam para a porta que agora podiam ver.
- E pesquisar. – Indianara comentou se esticando e estalando as costas. – Agora eu to com uma vontade assassina de matar o que quer que esteja fazendo isso.
- Não só você. – Ele comentou de volta. O alívio que sentiram ao ver o Ninety-Eight era inexplicável.

- O que foi isso?! Um sonho?! – Kemily perguntou para Dean e só depois os dois perceberam o estado em que estavam.
Sentados aos pés das camas, em uma distância considerável, de mãos dadas e parecendo que estavam segurando um volante invisível. Soltaram as mãos e se levantaram.
- Bom, demônios não fazem isso. – Dean comentou tentando pensar no que poderia ser. – Nem espíritos.
- Mas eles podem fazer a gente reviver a morte deles, não? – Kemily perguntou e ele confirmou com a cabeça.
Ficaram alguns minutos discutindo teorias para descobrir quem era aquele desgraçado que estava brincando com eles daquele jeito. Ouviram pneus entrando desesperadamente no estacionamento do hotel e duas pessoas indo até o quarto. Nem bateram, somente entraram.

- Medo. – Sam e Indianara disseram ao mesmo tempo.

- O quê? – Dean e Kemily perguntaram de volta.
- Tudo que essa "coisa" faz gira em torno do medo! – Sam explicou.
- Percebemos isso enquanto estávamos conversando sobre ontem à noite. – Indianara completou. – E fomos atacados por um palhaço lá no galpão, o que explica a nossa teoria.
- Palhaço? – Dean perguntou e quase começou a rir. – Você também tem medo de palhaço?
- Agora só precisamos descobrir que tipo de criatura sobrenatural age dessa maneira. – Sam aproveitou enquanto Indianara ignorou a pergunta do irmão. – Assustando suas vitimas até a morte.
- Bom... A gente quase morreu de medo agora. – Kemily disse se sentando na cama.
- Como? – Sam perguntou.
- Avião. – Dean disse e aquilo foi o suficiente para explicar. – Vocês eram comissários de bordo.
Sam ficou com cara de vazio enquanto Indianara ria dele. Imaginá-lo como comissário de bordo era uma das coisas mais hilárias do mundo.

Dean e Sam ficaram no quarto pesquisando em seus computadores, em completo silêncio, sentados à mesa de jantar. Sam parecia ter descoberto alguma coisa, mas queria esperá-las voltar para dizer o que tinha achado.
- A comida chegou! – Kemily cantarolou quando entraram no quarto. Indianara carregava sacolas enquanto a irmã segurava a porta.
- Finalmente! – Dean comentou, levantando-se da mesa e ajudando a moça com as sacolas. Já estava quase morrendo de fome.
- Achou alguma coisa? – Kemily perguntou e se apoiou nos ombros de Sam, tentando ver a tela do computador.
- Talvez. – Ele disse e se virou para ela. – Oi.
- Oi. – Ela respondeu com um sorrisinho, beijando Sam logo em seguida.
- Olha que coisa mais gay. – Indianara comentou com Dean.
- Tão romântico. – Dean completou só para incomodar.
- Melhor do que vocês dois que não tomam iniciativa. – Kemily deu de ombros, esperando uma reação dos dois. Mas não obteve nenhuma.
- Então. – Sam chamou a atenção de todos novamente.
- Torta! – Dean comentou ao ver a comida embalada para viagem. Olhou para Indianara. – Você é a melhor.
- Eu sei. – Ela disse de volta, piscando para ele. Dean se sentou feliz para comer sua torta.
- ENTÃO! – Sam disse mais alto. Todos olharam para ele. – Obrigado. Achei uma coisa interessante... Deuses.

- Deuses? – Kemily perguntou sem acreditar.

- Já lidamos com vários. – Sam explicou. – E eu achei uma deusa particularmente interessante... Ahti.
- Deusa egípcia do medo. – Indianara disse antes que ele pudesse explicar. Dean e Sam olharam para ela. – Egito é um hobby.
- Então nós precisamos ir atrás dessa deusa? – Kemily perguntou e Sam fez que sim com a cabeça. – Onde vamos achá-la? E como matamos?
- Isso eu não consegui achar... – Sam comentou fechando o computador. – Talvez a nossa arqueóloga possa nos esclarecer. – Ele sorriu, apontando para Indianara.
- Existem várias lendas egípcias sobre os deuses. – Indianara começou a explicar, apoiando-se na pia. – Basicamente: não se sabe o habitat nem como matá-los.
- Que bom. – Dean comentou ainda se deliciando com a torta.
- Mas... – Ela começou a falar novamente, trazendo esperanças. – Cada deus ou deusa vivia em algum lugar que correspondia com seus status. Ísis, por exemplo, era esposa do faraó, portanto vivia em um lugar muito bom, provavelmente um palácio.
- Então, pela lógica, a deusa do medo vai viver em um lugar assustador. – Kemily concluiu. – Como o galpão.
- Exato. – Indianara confirmou. – Agora, como matar... Não existe uma lenda certa sobre isso, mas todo mundo provavelmente já ouviu falar da história de Osíris.

Os Winchesters olharam para ela com cara de vazio.

- Ok... – Ela rolou os olhos. – Em resumo, esquartejado por Set.
- Ou seja, nós vamos ter que esquartejar a deusa? – Dean perguntou terminando de comer, enquanto Sam ainda estava bastante focado em seu sanduíche.
- Talvez... – Ela suspirou. – Mas as ilusões dela mostraram sensibilidade à prata. Sempre que esfaqueamos com a minha faca, as ilusões sumiram. – A moça jogou a faca na mesa. – Só que a lenda do esquartejamento tem um probleminha...
- Qual? – Sam perguntou ainda comendo.
- Após ser esquartejado, Osíris poderia ser trazido de volta se todos os seus pedaços fossem juntados. – Kemily explicou. Aquilo não era bom. – E Ísis faz isso. Ou seja, a deusa poderia ser trazida de volta.
- Sabe de uma coisa? Vamos esfaquear e queimar essa vadia. – Dean comentou abrindo uma cerveja.
E no fim, concordaram que sairiam para caçar a deusa na noite seguinte. Esfaqueariam e queimariam. Caso não desse certo, teriam que esquartejá-la. E provavelmente queimá-la.

Capítulo 6 – What will you do when you get lonely

A noite estava silenciosa. O galpão parecia mais assustador do que antes. O único movimento que podia ser visto era do Ninety-Eight e do Impala estacionando perto da porta. Os caçadores saíram dos carros.
- Dessa vez não vamos nos separar. – Dean disse pegando a shotgun no porta-malas.
- Sabe... Isso não vai funcionar. – Kemily disse encarando a arma com uma sobrancelha erguia.
- Mas vai deixá-la bem atordoada. – Ele respondeu piscando.
Entraram no galpão. Indianara tinha a faca em mãos, enquanto Dean andava ao lado dela com a shotgun e uma faca enfiada na calça, também de prata. Sam tinha uma faca em mãos também e Kemily andava com o revólver de balas de prata.
- Acho melhor irmos em duplas. – Sam disse enquanto caminhavam. – Vai ser mais rápido.
- Ok. – Indianara concordou. – Kemily... – Ela ia falar para a irmã ir com ela, mas pensou bem. – Bom. O Sam é maior. Você vai com ele.
- E você vem comigo. – Dean disse e apontou o caminho que iriam seguir.

E assim, cada dupla foi para um lado.

- Eu devia ter tirado uma foto da sua cara quando eles estavam estatelados em cima do carro. – Indianara comentou enquanto andavam na escuridão cinzenta daquele lugar.
- Bem engraçado. – Ele respondeu ficando emburrado só de lembrar. – Nem quero pensar no que eles iam fazer se não tivéssemos olhado pela janela.
- Por que você não viu a sua reação. – Ela disse segurando o riso. – Dean. Foi hilário.
- Por que não era no seu carro. Aposto que se... – Dean parou de falar no mesmo momento que ouviram um barulho de algo metálico batendo contra alguma coisa.
Ele fez um sinal para que ela permanecesse na retaguarda, para dar cobertura. A moça ficou grudada nos calcanhares de Dean, segurando a faca com força e preparada para atacar. Ele carregou a shotgun e seguiu com cautela.
Andaram um pouco, encontrando uma porta de correr de ferro negro, que os levaria para outra parte da fábrica. Dean passou os dedos pelo puxador, ficando de costas para a porta. Olhou para Indianara e contou até três.
No final da contagem, ele correu a porta com um puxão forte. Indianara entrou primeiro, segurando a faca na altura dos ombros, correndo para a direita. Dean entrou logo em seguida, porém indo para a esquerda. Quando não encontraram nada, ele fez um sinal para que fizessem uma varredura no local. Ele iria para onde ela estava e vice e versa.
Andaram pelos cantos mais escuros daquela imensidão cinzenta. Separaram-se até não conseguirem mais ouvir os passos do outro. Então Indianara finalmente saiu daquela imensidão negra, indo para o meio da sala.
- Não achei nada, Dean. Provavelmente foi só um rato. – Ela disse parando na metade do caminho, onde era mais iluminado.

Mas Dean não respondeu.

- Dean? Já terminou? – Ela perguntou e mesmo assim ficou sem resposta. – Ok. Muito engraçado. Eu espero até você resolver parar de brincar e trabalhar de verdade.
E esperou. De braços cruzados, a moça não sabia se ficou parada durante um minuto ou dez. Só sabia que não ouvia nenhum barulho vindo do buraco negro onde Dean havia se enfiado. Nem um rangido sequer.
- Dean? Dean!
Ela estava sozinha.

- Depois dessa, acho que o Dean proíbe a gente de chegar perto do Impala. – Kemily comentou rindo nervosamente.
- Nem me fale... – Sam suspirou. – Por que eles sempre têm que vir atrás da gente nos piores momentos.
- Boa pergunta. – Ela respondeu realmente pensando naquilo. – Será que aquela maluca realmente colocou um GPS portátil em mim...?
Sam começou a rir e a moça sorriu de volta. Ele achava engraçado que ela era completamente conspiratória com coisas que na verdade não poderiam ser executadas. E ainda por cima, por um momento ela pensava que aquilo era verdade.
- Sabe, Sam, eu tava pensando... – Mas Kemily não conseguiu completar o pensamento. Ouviram um barulho e imediatamente ele fez um sinal para que ela ficasse quieta.
A moça caminhava ao lado de Sam, cautelosamente. Havia uma esquina logo em frente e eles só precisavam virar a dita cuja para ver o que raios fez o barulho. Ao chegarem perto da quina da parede, pararam e se olharam.
Sam fez um sinal com a cabeça e os dois viraram bruscamente, Kemily apontando a arma e ele empunhando a faca.

Mas não havia nada lá.

- Ah... Odeio essas coisas abandonadas. – Kemily suspirou, conseguindo relaxar. – Fazem mais barulho do que madeira estalando à noite.
Ele riu, mas logo ouviram outro barulho.
- Fica aqui, vou checar o que é. – Sam disse e ela fez que sim, suspirando.
A moça ficou esperando enquanto ele se enfiava num lugar escuro, praticamente sem iluminação alguma. Revirou aquele canto o mais rápido que pôde, incomodado por deixá-la esperando. Assim, logo que terminou, voltou calmamente.

E ela não estava lá.

- Kemi, eu pedi pra você não sair daqui... – Ele disse rindo, achando que era só mais uma brincadeira dela.
Mas não teve resposta.
- Kemi? Kemily!
Ela realmente tinha sumido.

- Inddy?! Indianara! – Dean chamava, meio perdido em uma escuridão que ele achava que o levaria de volta para a moça. Mas ela não respondia e não tinha como ele saber se a direção estava certa. – É muito legal ficar sem responder... Bem engraçado.
Continuou andando até finalmente chegar a um lugar mais iluminado, cinza. Infelizmente, não era o lugar onde tinha deixado a moça. Então para que lado era? Continuou andando, fuçou várias reentrâncias, até que finalmente achou um corredor.
Entrou no corredor e andou. Andou. Andou. Mas, quando chegou ao final, havia um monte de caixas de madeira e metal empilhadas, bloqueando a saída.
- Legal...
Não tinha opção senão voltar. Ficou tentando imaginar a sala e lembrar por onde raios ele tinha surgido. Sua maior surpresa foi que, quando chegou à sala, Indianara estava em pé, olhando fixamente para ele. Dean sorriria, se Kemily não estivesse exatamente ao lado dela e as duas com um olhar desesperador.
- O que foi? – Ele perguntou imediatamente, puxando a arma.

E ouviu uma risada.

Da escuridão atrás das moças, surgiu Sam. Ele parecia estranho, caminhando calmamente e parando no meio delas. E foi olhando para o rosto do irmão que Dean percebeu qual era o problema.

Os olhos dele estavam amarelos.

- Dean, Dean... – Sam suspirou ainda com aquela expressão de escárnio. – Todo esse tempo e você não sabia que era eu?
- Eu te matei. – Dean respondeu firmemente.
- Você acha que me matou. – "Sam" deu de ombros. – Elas são lindas, não?
O demônio passou a mão no rosto de Kemily, que fechou os olhos e virou a cara em repudia. Com um movimento brusco das mãos de Sam, ela foi obrigada a olhá-lo novamente. Então Dean percebeu que elas estavam sendo seguradas por ele, por isso não faziam nada.
- Agora vamos, Dean. – Sam suspirou novamente, parando ao lado de Kemily e apoiando nos ombros dela. – Estou aqui para negociar.
- Eu não negocio com coisas que nem você.
- Ah não? – Sam perguntou levantando uma sobrancelha e dando um sorrisinho. – Vamos ver se você vai continuar assim.

E com mais um movimento brusco, Kemily gritou e caiu no chão. Sem vida.

Indianara fechou os olhos e reprimiu um grito, começando a chorar. Dean ficou encarando aquela cena, boquiaberto.
- Seu filho da...
- Nem pense nisso, ou eu acabo com essa daqui. – Sam disse parando ao lado de Indianara, ainda sorrindo. Quando foi passar a mão pelo rosto dela, a moça abriu os olhos, cuspindo nos pés dele em seguida.
- Tire essas mãos de mim, seu porco. – Ela cuspiu as palavras, controlando-se para se manter como sempre e parar de chorar.
Sam fez menção de fazer mais algum movimento que ia machucar a moça, mas Dean não ia deixar aquilo acontecer.
- O que você quer? – Dean perguntou quase gritando. – O que você quer de mim?!

Kemily caminhava sozinha no escuro. Acontece que quando Sam sumiu naquele buraco negro, resolveu ir atrás. E, convenientemente, acabou se perdendo no meio do caminho. Concluiu que tinha virado errado em algumas das reentrâncias do corredor, mas não tinha idéia por onde tinha vindo.
Isso porque tentou fazer o caminho de volta, mas acabou se perdendo mais do que se ajudando. Portanto, andava tentando achar algum lugar que tivesse mais luz e poderia ficar gritando para achar alguém.
- Isso, muito inteligente senhorita Kemily Marques. – Ela dizia para ela mesma, irritada. – Da próxima vez que o Sam falar pra você ficar lá, você fica! Daí não vai ter que ficar andando pra lá e pra cá que nem uma barata tonta no meio de uma fábrica abandonada, esperando até aquela maldita deusa ter a mórbida vontade de brincar com você e fazer aparecer uma lagartixa do tamanho das aranhas do Harry Potter...
E assim ela foi reclamando com si mesma até que finalmente encontrou-se em uma sala. Feliz da vida, começou a chamar por Sam, Dean e Indianara. Mas nada. Não conseguia nem ouvir passos de alguém se aproximando. Somente aquele silêncio cinza e sepulcral.
De repente, ouviu um barulho. Virou-se e apontou o revolver.







Дата добавления: 2015-08-27; просмотров: 366. Нарушение авторских прав; Мы поможем в написании вашей работы!



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