Студопедия — Государственное автономное образовательное учреждение 3 страница
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Государственное автономное образовательное учреждение 3 страница






Capítulo 5 – You Got to Give the Other Fellow Hell

- Más notícias... – Indianara comentou quando voltaram ao quarto. Planejaram ir ao parque à noite para prevenir mais um ataque. – Estamos sem balas de ferro.
- Quê?! – Kemily perguntou desesperada e foi até a irmã. – Já procurou nas duas malas? – Afirmativo. – E no carro? Tem que estar no carro!
- Nessas horas seria ótimo ter um Tony Stark com a gente. – Indianara comentou observando a irmã correndo loucamente pelo quarto procurando por balas de ferro. – Hmmm... Centrinhos...
- Sabe, você ta parecendo um pouco doida agora. – Kemily respondeu ainda correndo pelo quarto.
- Não sou eu quem está procurando insanamente por uma coisa que não existe.
- Para de pensar no Robert Downey Jr. E vai procurar no carro! – Kemily jogou as chaves em cima da irmã. – Agora!

[n/a: Pra quem não entendeu a brincadeira: envolve Homem de Ferro, Sherlock Holmes e Robert Downey Jr.]

A moça foi até o carro – ainda pensando em seus centrinhos – ignorando a presença dos Winchesters no Impala ao lado.
- O que você acha que ela vai fazer? – Dean perguntou tirando os olhos do porta-malas cheio de armamentos.
- Não sei. Perguntar pra ela não ia ser mais fácil? – Sam respondeu dando de ombros.
- É. Se ela tivesse prestado atenção na primeira vez que eu chamei...
- É minha impressão ou isso é ressentimento? – Sam perguntou tirando os olhos das armas. Ele tinha que ver a cara do irmão. – Primeira vez que uma mulher ignora completamente Dean Winchester!
- Cala a boca.
- Provavelmente ela está preocupada com alguma arma. – Sam respondeu voltando a atenção ao porta-malas.
- De qualquer jeito, eu to gostando da vista. – Dean disse se apoiando no carro com aquele sorriso safado.
Acontece que Indianara estava jogada, apoiando com os braços no estofado e se sustentando com as pernas do lado de fora. E Dean encarava. Quando Sam entendeu o que estava acontecendo, rolou os olhos e resolveu visitar Kemily.
Chegando lá, nem teve que bater na porta: estava aberta. Entrou e encontrou a moça sem blusa, correndo de um lado para outro, procurando alguma coisa loucamente. E repito, sem blusa.
- Desculpa! Eu não sabia...! – Sam começou com o discurso logo que ela notou o estado em que se encontrava e o indivíduo em questão no quarto.
- Não, tudo bem... – Ela respondeu dando de ombros e sorrindo. – Você já me viu de toalha mesmo.
- Hmmm... Ok. – Sam ainda estava meio sem jeito, mas fazer o quê? – O que vocês estão procurando tão desesperadamente?
- Nossas balas de ferro acabaram. – Kemily respondeu finalmente se sentando na beirada da cama e descansando. – Como vamos caçar um Striga sem essas balas?
- Nós temos. – Ele respondeu se apoiando no móvel da T.V, na frente dela. – Podemos emprestar algumas.
- Emprestar? – Ela perguntou com um pequeno sorriso safado no rosto. – E como um dia eu posso te recompensar por isso?
- Não sei. – Sam fingiu ingenuidade. – Teria que surgir com uma ótima idéia.

- Precisando de ajuda, caçadora? – Dean perguntou se apoiando ao lado de Indianara, no carro.
- Ah, oi Dean. Não te vi aí. – Indianara respondeu entrando e depois voltando do carro. Suspirou. – Ah, vou ter que entrar.
E, Falando isso, quase literalmente mergulhou no carro. Dean ergueu uma sobrancelha e segurou a porta, abaixando-se para ver o que tinha acontecido. E lá estava a moça, de joelhos no chão, debruçando-se para ver se havia alguma coisa embaixo dos bancos da frente. Ele fez o mesmo.
- O que você está procurando? – Dean perguntou olhando para ela, mas ainda abaixado.
- Balas de ferro. – Ela explicou e se levantou, fazendo-o se levantar também.
- A gente tem de sobra, podemos te emprestar.
- Jura? Balas de ferro de sobra?
- Se fossem de prata estariam em falta. – Ele respondeu piscando e saindo do carro, estendendo a mão logo em seguida. – Ajuda pra sair?
Ela suspirou e segurou a mão dele, sendo retirada do carro. Fechou tudo e foi com Dean até o quarto, conversar com Sam e Kemily.
- Temos balas! – Indianara comentou com um sorriso gigante logo que entrou no quarto.
- Engraçado, eu ia comentar a mesma coisa! – Kemily disse e riu da cara de desapontada que a irmã fez.
- Você. É. Ruim. – A irmã respondeu. – Você só merece uma bala.
- Se reclamar demais eu pego os centrinhos! – Kemily ameaçou. A irmã se calou imediatamente e se sentou na cama.
- Centrinhos? – Os dois perguntaram juntos.
- Longa história... – Kemily disse suspirando. – Bom. Precisamos nos preparar.
- Nós temos balas suficientes para nós quatro. – Sam assegurou. – Não precisa se preocupar.
- Beleza. Quer levar a shotgun? – Indianara perguntou pegando a mala embaixo da cama.
- Pra quê? – Kemily perguntou tendo certeza que dessa vez a irmã tinha endoidado.
- Eu tenho mania com coisas grandes. – Ela respondeu. Só Dean riu.

Chegaram ao parque e estacionaram os carros com uma certa distância deste. Tiveram que escalar os portões que fechavam o local, mas nada muito difícil.
- O que vocês acham de nos separarmos? – Dean perguntou quando chegaram ao centro do parque.
- Momento Scooby Doo! Eba! – Kemily e Indianara comemoraram enquanto pegavam as armas.
- Ok. Daphne, você vem comigo. – Dean disse apontando para Indianara.
- Mas eu que era a Daphne! – Kemily reclamou e Indianara começou a rir.
- Então você vai com o Fred. – A irmã disse e foi ao lado de Sam. – Eu vou com o Salsicha.
- Então vamos, Daphne. Eu te protejo.
- Já viu que no filme ela surta por ser a donzela em perigo?

- Então vocês tinham um acordo para ver quem ia ser qual personagem? – Sam perguntou enquanto andava com Indianara pelo parque. Os dois carregando shotguns de cano serrado.
- Yep. Eu era a Velma.
- Toda garota quer ser a Daphne.
- Bom... Tenho problemas com constantes donzelas em perigo. – Ela respondeu piscando. – Sei muito bem me proteger sozinha.
Sam riu e eles continuaram andando. Estavam chegando perto do carrossel, quando este ligou sozinho e começou a girar. Os dois ficaram observando com uma sobrancelha erguida.
- Sabe... Eu sei me proteger, mas ainda sou capaz de sentir medo. – Ela disse observando aquela bizarrice. – Parques de diversão podem ser assustadores à noite.
- Não diga... – Sam comentou suspirando e começou a andar. – Vamos checar. Você vai por aquele lado e eu por esse, ok?
- Ok. Se eu for arrastada pelo pé faço questão de gritar seu nome desesperadamente.
Então, os dois começaram a andar. Cada um seguia por um lado do carrossel, a fim de se encontrarem do outro lado. E, com sorte, encontrariam algo no caminho. Mas parecia que a sorte não estava do lado deles.
- Alguma coisa? – Ele perguntou ao vê-la.
- Nada...
Foi só responder que ela percebeu alguma coisa se mexendo rapidamente na sua direção, vindo de trás de Sam. Era grande e rápida. Não pensou duas vezes: com uma mão, apontou e atirou na coisa.

E Sam não sabia o que fazer.

Por quê? Bom, atirar com aquela coisa não é pra crianças e nem pessoas fracas. Não que Indianara fosse fraca, mas sempre atirava com as duas mãos e a arma fazia uma força de volta que era incrível. Naquele dia, atirou direto e ainda estava meio distraída.

O que fez com que a força do tiro a fizesse se estatelar no chão.

Ação e reação, pessoas.

Sam não sabia o que fazer, então deu uma olhada para ver no que ela tinha atirado. Então correria para protegê-la e quem sabe carregá-la para um lugar seguro. Mas quando viu no que ela tinha atirado...
- Você ta bem? – Ele perguntou se aproximando e segurando o riso.
- Melhor impossível. – Indianara respondeu sarcasticamente e se sentando. – Acertei?
- Se você tava querendo atirar na aranha... É, acertou. – Sam disse rindo e se abaixando ao lado dela.
- Aranha? – Ela perguntou e encarou o animal explodido no meio do chão. – Então era isso que estava correndo mortalmente até mim!
- Você achou que era o quê?
- Não era só isso que tinha lá, Sam. – Indianara explicou antes que ele achasse que ela estava louca. – Tinha um vulto.
- Consegue andar? – Ele perguntou ficando realmente preocupado. Estavam num lugar não muito seguro.
- Na melhor das hipóteses... – Ela respondeu dando de ombros. – Sabe... Cair em cima de um banco pode ser bem dolorido.
Ele nem tinha percebido que a moça tinha atingido um banco. Não tinha literalmente voado para longe, só caído no chão. E o que tinha exatamente atrás dela antes da queda?
- Vem cá, eu te ajudo. – Ele disse estendendo a mão e ajudando-a a se levantar.
Caminharam durante um tempo, mas, com aquela velocidade, seriam capturados rapidamente. E, sinceramente, Sam não queria acabar como o cara da casa mal assombrada.
- Quer que eu te carregue?
- Não! Minhas pernas só doem, não precisa disso!
- Inddy, precisamos sair daqui rápido e ir para um lugar seguro! – Ele disse sabendo que a faria reconsiderar.
- Sam... Não estou machucada o suficiente para ser carregada.
Maldito orgulho.

- E aí, Daphne? Pra que lado? – Dean perguntou enquanto observavam uma bifurcação.
- Não quer se separar de novo? – Kemily sugeriu já sabendo a resposta.
- De jeito nenhum! Você é a donzela em perigo. – Ele disse sorrindo. – Direita ou esquerda?
- Direita.
E foram para esse lado. Caminharam um pouco, aproximando-se das latas. Do nada, elas se ligaram, assim como o carrossel.
- Ok, Fred. Hora de proteger sua donzela. – Kemily comentou ficando com um pouco de medo.
- Fica de costas pra mim. – Ele pediu e ela o fez.
Assim, os dois andavam um de costas para o outro, a fim de cobrirem os dois lados e evitarem um ataque surpresa. Chegaram perto das latas para checar e nada. Não havia ninguém. Mas Kemily notou um vulto.
- Dean... – Ela sussurrou. – Dean! Tem um vulto às nove horas!
- To vendo. – Ele disse se virando para ela. – Vamos chegar perto devagar...
E foram chegando perto. Não sabiam se o vulto os encarava ou não, só sabiam que estavam próximos da área de tiro. Mais um pouco e...

- AAH! – Kemily deu um berro agudo quando sentiu alguma coisa gelada se arrastando por sua perna.

Começou a correr e balançar a perna loucamente para tirar o que quer que fosse aquela coisa que estava lá. Só sabia que era gelado e molhado. Depois de tirar a força o troço da perna, continuou correndo até tropeçar e cair no chão.
- O que foi isso?! – Dean perguntou indignado sem saber se ajudava a moça ou atirava no vulto que fugia.
- Não sei! – Ela respondeu se sentando. – Era gelado e nojento!
- Era uma lagartixa. – Ele disse segurando o riso. – Que saiu correndo em terror quando você começou a pular.
- Para de me zoar, Dean. – Ela falou esticando a mão. Ele a ajudou a se levantar. – Foi do além. Eu me assustei, ta?
- Incrível. Você se assusta com lagartixas e casas mal assombradas, mas quando aparece um vampiro na sua frente... – Ele comentou balançando a cabeça.
- Lagartixas são altamente nojentas! E nosso trabalho não é tão assustador assim, já casas mal assombradas...
- Bom, precisamos arranjar um lugar seguro agora. Aquela coisa ta perambulando por aqui e provavelmente planejando um ataque. – Dean disse depois de rir dela. – Consegue andar?
- Consigo, Dean. Foi só um tropeção.
Andaram rapidamente até encontrarem o que parecia uma lanchonetezinha com as luzes acesas. Na melhor das hipóteses, podiam ser seus irmãos. Na pior... Bom, ainda bem que tinham suas armas.
- Fica atrás de mim. – Dean disse quando chegaram perto da porta e levou a mão à maçaneta. Contou até três e abriu a porta num solavanco.
Entraram mirando e deram de cara com duas armas. Os quatro suspiraram quando finalmente conseguiram ver as pessoas que carregavam essas armas.
- Kemi, ta tudo bem? Seu joelho ta roxo! – Sam comentou ao observar a moça. Ela olhou para baixo.
- Nossa, é mesmo. – Kemily finalmente percebeu que havia um hematoma gigante em seu joelho e na coxa da outra perna. – Tropecei.
- Por causa de uma lagartixa. – Dean disse antes que perguntassem. Indianara começou a rir. – O que aconteceu com você?
- Caí em cima de um banco. – Ela explicou sentada em um refrigerador de sorvete e segurando um pacote de gelo em uma das pernas, sendo que as duas estavam com hematomas.
- Por causa de uma aranha. – Sam disse segurando a risada. – Tinham que ser irmãs.
- Na verdade eu arranquei a lagartixa da minha perna. – Kemily disse se sentando ao lado da irmã e pegando um pacote de gelo.
- E eu atirei na minha aranha.
- Com a shotgun? – Dean perguntou sem acreditar. Ela confirmou.
- Agora sei por que você caiu. – Kemily disse rindo e levou uma bolsada de gelo.
- A gente ta ferrado, mais alguém percebeu isso? – Sam perguntou suspirando e voltando ao problema deles.
- Estamos fechados num espaço pequeno. Ele pode escolher nos atacar ou atacar alguma criança. – Dean disse apoiando-se no balcão da loja.
- Podemos sair. – As irmãs disseram juntas.
- Vocês conseguem? – Sam perguntou e elas só lançaram o olhar de morte. – Eu tenho que perguntar!
- Conseguimos.
- Quer parar de falar junto comigo? – Kemily perguntou retribuindo a bolsada de gelo.
- Desculpa, é mais forte que eu. – Indianara respondeu suspirando.
- Estão prontas? – Dean perguntou checando a arma e elas fizeram que sim com a cabeça. – Então vamos estourar os miolos desse desgraçado antes que ele mate mais alguém.

- Sabe o que eu tava pensando... – Kemily comentou enquanto faziam uma varredura conjunta pelo parque.
- Sabia que tinha alguma coisa errada.
- Cala a boca, Dean. – Ela disse suspirando. – Perceberam que todos os ataques foram muito perto da casa mal assombrada?
- Hmmm... Realmente, se você for pensar nisso, nunca saem de um raio de pelo menos cinco metros de lá. – Indianara comentou pensando.
- É a zona de conforto dele. – Kemily completou piscando. – Ou seja...
- Vocês estão com uma vontade mórbida de entrar na casa mal assombrada. – Sam disse sorrindo e elas iam começar a refutar. – Não se preocupem, estamos aqui ao lado...
Por mais que elas quisessem reclamar, não dava. Entraram na casa mal assombrada sem comentar mais nada. Deram graças a Deus que o troço estava desligado.

Mas tudo que é bom, dura pouco.

- Quem foi o filho da mãe que ligou essa droga? – Indianara xingou enquanto grudava em Dean. Não o segurou, mas não faria a menor diferença, de tão perto que estavam.
- Eu quero muito atirar nesse cretino... – Kemily comentou agarrando o braço de Sam. Involuntariamente, ele sorriu.
- É só ficarmos juntos. Não se preocupem. – Sam disse e Kemily quase sorriu de orelha a orelha. Adorava o fato de que ele estava tentando passar segurança a ela.
- Tenho certeza que ele vai estar naquela droga de calabouço. – Indianara disse suspirando e, como se fosse possível, grudando mais ainda em Dean. – Aposto minha arma nisso.
- Eu aceito a aposta. – Dean disse e ela não sabia se sorria ou se lançava um olhar de morte pior do que ele já tinha visto antes.
Já que não tinham certeza para onde ir, resolveram seguir para o calabouço. Provavelmente a criatura deveria dormir lá, por isso estava sendo tão chata em relação àquele local. E quando chegaram ao calabouço, Dean gemeu.

Tinha acabado de perder sua arma para uma garota.

Lá estava aquela figura negra e encapuzada, segurando uma criança pelos ombros, na frente do que seria seu rosto. Quando entraram lá, a coisa largou a criança e se virou para a outra saída, a fim de fugir loucamente.
- AH, NÃO! – Sam gritou e saiu correndo com Kemily ainda agarrada ao seu braço.
Instintivamente, quando foi se aproximando, segurou a mão dela e, quando estavam a poucos metros de distância, ele a colocou atrás de si. Kemily não pôde deixar de se sentir lisonjeada, mas mesmo assim não queria ser protegida por um homem ou qualquer pessoa do mundo. Saiu de trás dele quase no mesmo momento em que Sam a colocou lá.
Já Dean e Indianara saíram correndo quase ao mesmo tempo, um ao lado do outro. Checavam pela vigésima quinta vez se suas armas estavam carregadas e continuaram correndo. Quando estavam se aproximando, Dean aumentou sua velocidade para se por à frente dela, mas Indianara o segurou pela jaqueta, também correndo mais rápido e o colocando ao seu lado.
- Boa tentativa. – Dean disse segurando o striga pela capa e o jogando para o meio da sala.
O striga estava lá tentando se levantar, quando aquilo passou pela mente deles. Só podiam matá-lo se atirassem na boca dele enquanto se alimentava. Os quatro trocaram olhares.
Sam não ia deixar que Dean fosse. Assim como não ia deixar que Kemily corresse para o meio da sala, como Indianara também não deixaria. A moça também não ia deixar que Dean fizesse isso. Mesmo assim, Dean a seguraria com todas as forças se ela tentasse alguma coisa, mas não deixaria que Sam fosse para lá. Assim como Kemily não queria que ele fizesse isso e, principalmente, não queria aquilo para a irmã.

Ou seja, o mais rápido venceria.

Indianara percebeu isso e correu para o meio da sala, quase se atirando em cima do striga. Pegou sua arma e fez menção de atirar, porém a criatura a segurou pelos ombros, assim como fez com a criança, e a jogou contra uma das celas. Ela bateu a cabeça e caiu desacordada.
- Ei! Seu desgraçado folgado! – Kemily gritou e foi correndo na direção da irmã, crente de que os Winchester conseguiriam cuidar do striga sozinhos.
Mas tudo aquilo estava acontecendo tão rápido que eles nem tiveram tempo para pensar. O striga se aproximou rapidamente dela e também a agarrou pelos ombros, porém jogou-a em cima de Dean com uma força incrível.
Então só tinha sobrado Sam. Enquanto Kemily e Dean reclamavam e tentavam se levantar – depois de terem aterrissado em uma parede dura e um em cima do outro, o que resultaria em vários hematomas – Sam marchou até o striga, segurando bem a sua arma.
Aproximou-se já mirando na boca da coisa, esquecendo-se de que aquilo teria que estar se alimentando. Naquele momento só queria matar aquilo lá. Mas, antes que pudesse atirar, o striga bateu em sua mão, fazendo a arma voar longe. E assim, jogou-o para o mais longe possível também, do outro lado da sala.
Tendo assim eliminado todos os seus adversários – já que Dean havia desmaiado e Sam estava com dores terríveis, tentando se levantar – o striga começou a se aproximar de Indianara, que estava começando a ter visões turvas daquela terrível sala.
Kemily entrou em desespero. Estava acordada e – até aquele momento – tentando parar com a tontura e a dor de cabeça. Mas quando viu que aquela criatura pretendia se alimentar da irmã, arranjou forças quase literalmente do além.
Estava com Dean desmaiado sobre ela e o empurrou com todas as forças que conseguiu. Ele tombou para o lado e ela se levantou ainda meio bêbada, limpando o sangue que escorria de seus lábios. Pegou a arma de Sam no meio do caminho.
O striga levantou Indianara pelos ombros, prensando-a contra a cela. A moça gritou. Imediatamente, a criatura abriu a boca e uma aura branca começou a sair dela. De repente, ouviram um clique ao seu lado.
- Ei, seu loser! – Kemily gritou. As atenções se voltaram para ela. - Ninguém mata a minha irmã sem a minha autorização!

E, em seguida, veio o tiro.

Kemily ficou vendo aquela imagem bizarra sumindo enquanto sua irmã se estatelava no chão. Finalmente, o striga estava morto.
- Inddy! Você ta... – Ela começou a falar se abaixando ao lado da irmã, que tinha se sentado. Indianara começou a abanar as mãos.
- Esquece... Vai lá, o Sam precisa de você... – Ela disse e Kemily abriu a boca para refutar. – Vai. Antes que eu te bata.
Kemily começou a rir e fez exatamente o que a irmã a disse para fazer.
Correu até o outro lado da sala, encontrando Sam esquecido no chão, cheio de dores, com sangue nos lábios, assim como ela. Parecia um tanto atordoado, mas se recuperando. Ela abaixou ao seu lado e segurou sua cabeça.
- Ta tudo bem? – Kemily perguntou ofegante enquanto ele focava os olhos nela. Parecia agora a cena mais linda do mundo vê-lo sorrir.
- Ta... – Ele respondeu vagamente ainda sorrindo. Pela primeira vez não era Dean que lhe fazia aquela pergunta. Era uma mulher... Que ele gostava. – Tudo ótimo.
- Consegue levantar? – Ela perguntou de volta e ele só continuou lá, a aproveitar as mãos dela em seu rosto. – Sam! Você me deixa preocupada assim!
- Consigo. – Ele disse sorrindo e se sentou lentamente, gemendo durante o processo.
- Onde dói?
- Tudo. – Sam disse e os dois começaram a rir.
- Sua arma. – Kemily estendeu o objeto para ele. – Ainda bem que estava no meio do caminho.
- Não trouxe a sua? – Ele perguntou curioso pegando a arma de volta e colocando na parte de trás da calça.
- Trouxe... Mas no calor do momento, esqueci de pegar. – Ela disse rindo e ficando vermelha. E naquele momento, no lugar onde estavam, parecia a coisa mais linda do mundo.

Indianara se levantou vagarosamente enquanto observava a irmã correndo até Sam. Foi até Dean, segurando-se nas barras de celas conforme passava por elas. Sentou-se ao lado dele, que ainda estava desacordado.
Puxou-o pelos ombros com o máximo de força que pôde, o suficiente para colocar a cabeça dele em sua perna. Logo em seguida, encostou a cabeça na parede e ficou de olhos fechados, esperando a dor passar.
- Bom dia, bela adormecida. – Dean disse arrastado depois de um tempo em que estavam naquela situação. Ela abriu os olhos e olhou para ele. – Tudo bem?
- Tudo... E você? Como vai a cabeça? – Ela perguntou e ele fez cara de quem não entendeu. Indianara passou a mão pela testa dele e mostrou que ficou suja de sangue.
- Tão bem quanto você, acho. – Ele respondeu com um meio sorriso no rosto, limpando a testa dela, também suja de sangue.
Os dois riram ao mesmo tempo. Podia parecer loucura, mas acharam aquele um dos melhores momentos que tiveram juntos desde que se conheceram. Ela bateu de leve no peito dele, jogando a cabeça para trás e apoiando-a na parede. Dean ficou observando-a, também rindo.
Quando pararam, ficaram ainda um tempo em silêncio, porém sorrindo. De repente, ela cutucou o rosto dele. Dean só ficou esperando que ela finalmente descesse a cabeça e o olhasse.
- Sua arma. – Ela disse ainda com um fantasma do riso escondido em seus lábios e a diversão nos olhos.
- Ah, você não vai ser cruel e fazer isso comigo, né? – Ele pediu com todo seu riso sumindo bruscamente e com os olhos relativamente desesperados.
- Vou. – Ela disse ainda com aquela diversão estampada no rosto. – Se você quiser de volta, vai ter que pegar.
- Ok, pega... – Dean assentiu com relutância. – Eu vou ter de volta.
- Ah, vai... – Indianara respondeu ironicamente e pegou a arma que estava por perto, colocando-a na parte de trás da calça. – Acha que os dois estão bem lá?
- Acho. – Dean disse quase imediatamente, quase rápido demais.
Os dois voltaram a sorrir e encarar o teto, ele aproveitando o apoio que tinha na perna de Indianara e ela com a cabeça encostada na parede.

Capítulo 6 – Your Love is a Sweet Misery

- Arrumou tudo? – Kemily perguntou ao ver a irmã folgadamente na frente do espelho terminando uma longa trança.
- Yep. – Indianara respondeu passando o elástico várias vezes para segurar o cabelo. – Estou até com a arma do Dean.
Ela mostrou a arma presa na parte de trás da calça enquanto jogava o cabelo para trás. Kemily riu.
- Não esqueceu nada mesmo? – Ela perguntou só para se assegurar. A irmã lançou o famoso olhar de morte. – Já disse que você não me assusta.
- Sei. – A irmã respondeu incrédula e colocando uma blusa que estava em cima da cama. Era branca e tinha dois riscos de tinta vermelha no meio, formando a bandeira da Inglaterra. – Vou lá fora perturbar o Dean. Vê se chama o Sam e daí vocês podem ter um pouco mais de... Privacidade.
- Safada! – Kemily disse fingindo indignação, porém rindo como a irmã. Pegou a faca que estava em cima da cama. – Vê se não esquece!
E jogou a faca. Indianara a pegou no ar e colocou junto com a arma de Dean. Como cabia tanta coisa na parte de trás da calça delas, nem as irmãs sabiam.

- E aí, Winchesters? Prontos para deixar a cidade? – Indianara surgiu perguntando e os dois, que estavam fechando o porta-malas, viraram-se para responder.
- Quase. A Kemi ta no quarto? – Sam perguntou sorrindo logo ao vê-la.
- Yep. Divirta-se. – Indianara respondeu apontando para o quarto e ele suspirou. Ela não podia ser um pouco mais discreta?
Quando foram deixados a sós, Dean ainda a encarava. Ela estava usando uma calça de couro preta – não das justas, mas aquelas mais largas – e a blusa da Inglaterra. Não sabia se eram botas ou o que, mas calçados pretos. E, apesar de estar com várias escoriações no lado direito do rosto, estava o que ele podia definir como... Bonita.
- Vão agora ou só amanhã? – Ela perguntou e ele finalmente voltou a prestar atenção à conversa. Tinham matado o striga no dia anterior e ficado pela cidade só para ver o que a polícia ia concluir. Agora que o caso já tinha sido fechado, estavam prontos para ir embora.
- Agora. – Dean respondeu e foi até a parte da frente do carro. Ela o seguiu. – Vamos dar uma volta por aí. Quem sabe surge algum trabalho pelo caminho. E vocês?
Sentou-se no banco de motorista. Indianara apoiou um pé no carro e ficou recostada à porta. Observava Dean ajeitando as coisas.
- Também. – Ela disse dando de ombros e olhando para a estrada. – Muita coisa pela frente ainda.
Ficaram um momento em silêncio. Então aquela era mais uma despedida. Só tinham que se decidir o que fariam com ela.
- Eu estava pensando... – Dean começou a puxar o assunto. Ela voltou a prestar atenção nele. O que o deixou um pouco sem jeito. – Por que não viajamos juntos? Pelo menos uma parte da estrada.
Indianara sorriu. Passou uma perna por cima dele, sentando em seu colo. Dean tinha que ser sincero: não esperava esse tipo de reação. Ela estava com as mãos espalmadas em seu peito e evitava seus olhos.
- Se viajássemos juntos... – Ela começou, finalmente olhando para ele. – Podíamos assistir algum show...

E o beijou.

- Ou apostar uma corrida na estrada. – Dean disse sorrindo e a beijando em seguida. Já sabiam onde aquilo ia dar.
Dean deslizou os dedos pelo passante da calça dela, puxando-a mais para perto. Indianara sorriu e voltou a beijá-lo, subindo as mãos vagarosamente para o pescoço dele.
- Acho que não vai precisar disso... – Dean disse tirando a faca da calça dela. A moça riu. Ele tirou outra coisa. – Tão bom te ter de volta, querida.
E dizendo isso, colocou a arma na sua calça, parando completamente de beijar a moça.
- Nem pense em parar agora, seu idiota. – Indianara disse puxando-o pela nuca.
Ela manteve os olhos fechados enquanto Dean descia os beijos, passando pela mandíbula e chegando até o pescoço. Indianara subiu uma mão para os cabelos dele, abrindo um pouco os olhos. Mas, ao invés de alegria, havia neles uma leve tristeza.







Дата добавления: 2015-08-27; просмотров: 417. Нарушение авторских прав; Мы поможем в написании вашей работы!



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