Студопедия — Государственное автономное образовательное учреждение 7 страница
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Государственное автономное образовательное учреждение 7 страница






Capítulo 4 – Make me play the game

Dean mal havia acordado e começou a ouvir batidas insistentes na porta. Esticou o braço preguiçosamente para alcançar o relógio, agarrá-lo e ver o horário. Meio dia. Exatamente.
- Sam... – Ele grunhiu, ainda com aquela voz péssima matinal. – Sammy!
- Hmmm... – O irmão se limitou a gemer de volta, sem ao menos abrir os olhos.
- Abre a porta.
- Por que eu? – Agora sim Sam abriu os olhos. Encontrou Dean de bruços com a cara no travesseiro. – Você ta mais perto.
- E você é mais novo. – Dean respondeu como se fosse óbvio, de olhos fechados e quase dormindo. – Vai.
Sam ficou encarando Dean e se perguntava se um simples olhar era capaz de matar. Irritado com aquelas pessoas inconvenientes, foi abrir a maldita porta. E deu com as irmãs esperando.
- Oi? – Ele não fazia idéia do que dizer. A claridade do lado de fora agrediu seus olhos e ele teve que fechá-los por um instante.
- Bom dia, Sam. – As duas disseram juntas, rindo da cara de travesseiro dele. - Querem entrar? – Ele perguntou já dando passagem para as duas e fechando a porta logo que elas entraram no quarto.
As moças pararam para observar a decadência dos dois. Sam voltou para a cama e ficou estatelado lá, mas virado para elas e com o braço servindo para aumentar a altura do travesseiro, assim podia vê-las melhor. Dean nem se deu ao trabalho de se mexer, continuou lá dormindo.
Indianara deu um sorrisinho sapeca e caminhou até ele. Kemily começou a observar aquela cena com curiosidade. Indianara se debruçou no lado da cama que não era ocupado por Dean até alcançar o ouvido dele.
- Bom dia, Dean. – Ela sussurrou.
Ele sorriu e abriu os olhos, deparando-se com o rosto dela sobre o seu. Virou-se para vê-la melhor e provavelmente para beijá-la, mas ela se distanciou.
- Você sabe que horas são? Deixa de ser folgado, homem! Levanta! – Ela disse parecendo nervosa e batendo de leve no braço dele, sentando no pé da cama. Kemily estava agora sentada no pé da cama de Sam.
- O que vocês estão fazendo aqui? – Dean perguntou se sentando na cama. Só quando os lençóis caíram é que elas perceberam que ele estava sem camisa.
- A gente viu uma notícia hoje de manhã... – Kemily começou a falar escondendo o riso, já que viu que ia demorar um pouco para a irmã se concentrar novamente. – Mais uma morte.
- De quem? – Dessa vez Sam se sentou. Estava bem mais acordado do que antes.
- Um cara... Como era mesmo o nome dele? – Kemily perguntou para a irmã, forçando-a a pensar em alguma coisa.
- Juan Hernandez. – Indianara respondeu finalmente acordando. – Morreu em um balcão industrial, aparentemente depois de se jogar do telhado.
- E como ele chegou lá? – Dean perguntou achando aquilo muito estranho. Mas o trabalho deles era cuidar do estranho.
- Umas pessoas o ouviram gritar que tinha um homem perseguindo-o. – Kemily disse lembrando-se da notícia. – Aí ele deu um jeito de subir no telhado e se jogar de lá foi a única saída.
- Parece o tipo de coisa que estamos procurando. – Sam disse suspirando. – Precisamos dar uma olhada nesse lugar.
- Hoje à noite? – Kemily perguntou e eles concordaram.
- Espera aí... Por que diabos vocês nos acordaram? – Dean perguntou indignado. – Podiam falar isso mais tarde!
- É que a gente ia almoçar e queria saber se vocês estão a fim de vir junto. – Indianara explicou. Dean ficou um pouco desconcertado por ter sido rude, mas a moça sorriu. – Mas no estado em que vocês estão, acho melhor irmos almoçar sozinhas.
As duas quase saíram do quarto, mas eles se levantaram rapidamente para colocar outras blusas e dar um jeito na cara de travesseiro antes de sair para almoçar. Agora que elas tinham dado um jeito de acordá-los, iam ter que aturá-los, mesmo que só fosse para almoçar e se encontrarem novamente só à noite.

- Pegaram tudo? – Dean perguntou ao vê-las se aproximando.
Já tinha anoitecido e estavam prontos para caçar aquele demônio que estava fazendo tratos pela cidade.
- Sal... – Kemily mostrou um pacote.
- E água benta. – Indianara mostrou uma garrafa de água. – E vocês?
- Faca. – Sam mostrou a faca que sempre carregava. As duas ergueram uma sobrancelha.
- E isso ajuda? – Kemily perguntou suspeitando.
- Mata demônios que é uma beleza. – Dean respondeu piscando.
Entraram em seus carros e saíram dirigindo, com os Winchesters na frente. Indianara foi o caminho inteiro implorando para a irmã para passarem na frente deles, mas Kemily insistia que não e dizia para ela aprender a dirigir civilizadamente.
Chegaram a um balcão cinza, como a cidade toda. Era enorme e parecia estar fora de uso, como praticamente todos os lugares que iam atrás. Entraram juntos e se depararam com esteiras, correntes, caixas... Tudo mal cuidado e se autodestruindo.
- Que lugar bonito... – Kemily comentou com sua arma em mãos e um pouco de sal.
- Vamos nos separar. – Dean disse e checou se sua shotgun estava carregada.
Aceitaram a idéia e cada um foi para um canto. Em pouco tempo o lugar de onde se separaram não podia mais ser vistos e a única coisa que se ouvia eram os próprios passos. Seguravam suas armas e andavam com cautelas, prontos para atirar ou esfaquear o primeiro demônio que aparecesse.

Andaram. Andaram. E andaram.

Não encontraram nada. Nem um miligrama de enxofre no meio do caminho para alegrar seus dias. Aos poucos, foram tomando caminhos parecidos, até que Kemily finalmente se encontrou com Dean.
- Encontrou alguma coisa? – Ela perguntou, mas ele fez um sinal negativo com a cabeça.
- Nada. Se esse cara ta aqui, é o Houdini. – Dean respondeu começando a se perguntar se suas teorias estavam certas.
- Hey. – Sam tinha aparecido. – Alguma coisa?
Kemily e Dean balançaram a cabeça.
- E você? – Ela perguntou, mas Sam também fez que não.

Ficaram alguns momentos em silêncio.

- Cadê a Indianara? – Dean perguntou ao perceber que a moça não chegava.
De repente, ouviram passos apressados se aproximando. Parecia alguém correndo desesperadamente na direção deles. Ficaram parados, um ao lado do outro, observando a escuridão que englobava o barulho. E dessa escuridão, surgiu Indianara.
- EU PRECISO DE UMA ARMA! – Ela chegou gritando em desespero.
- Você já tem uma! – Sam respondeu apontando para a arma na mão dela.
- PRECISO DE UMA MAIOR! – Indianara gritou de volta e, quando alcançou Dean, tirou a shotgun das mãos dele.
Ninguém acreditou no que surgiu atrás dela. Uma aranha, literalmente enorme, perseguia a moça com uma velocidade alucinante. Ainda se aproximava naquela velocidade frenética de patas se debatendo contra o chão enquanto Indianara apontava a arma para ela e se preparava para dar o tiro.

Que atingiu o bicho, mas não o matou de primeira.

Indianara se aproximou mais de Dean, antes de atirar pela última vez. Com isso, a aranha deu um salto no ar, aterrissando de costas, com as patas movendo-se loucamente nos últimos reflexos antes de morrer. Isso fez com que Indianara se agarrasse ao braço de Dean, fechando os olhos e confiando que, se algo desse errado, ele não deixaria que aquela aranha comesse o fígado dela.
- O quê. Foi. Isso? – Kemily perguntou ainda encarando a aranha estatelada no chão. Todos encaravam. Menos Indianara, que estava com o rosto enterrado em Dean.
- Já morreu? – Ela perguntou e Dean olhou para ela. Não sabia se ria ou se a consolava.
- Você tem medo de aranhas? – Ele perguntou de volta, fazendo com que ela olhasse para ele.
- É fobia, ta? Não um medinho besta e sem sentido. – Ela respondeu e olhou para o bicho virado ao contrário. Teve um calafrio.
- De onde surgiu? – Sam perguntou, já que aquilo podia ser uma pista. Mas Indianara deu de ombros. – Acho melhor darmos uma olhada.
- Eu não volto naquele buraco escuro, mas nem se o Brad Pitt estivesse lá dentro! – A moça disse finalmente se soltando de Dean.
- Eu vou com o Sam. – Kemily respondeu, tentando acalmá-la. – Voltamos em um instante.
Sendo assim, os dois tomaram o caminho de onde Indianara havia surgido. Enquanto isso, a moça se sentou em uma caixa que estava por perto - porém longe o suficiente da aranha - e Dean permaneceu em pé, com a shotgun em mãos e em vigília.

Repentinamente, ouviram um grito.

Kemily surgiu correndo, com Sam vindo logo atrás dela.
- Tira, tira, tira! – Ela dizia desesperadamente, parando em algum lugar com luz.

E viram o que havia nela.

Baratas.

Baratas cobriam as costas da moça, subindo e descendo pelas suas pernas.
- Tira de mim! Sam me ajuda! Faz alguma coisa! Tira! – Ela quase corria em círculos de tanto desespero.
- Ok! Para de se mexer! – Sam pediu e pegou a faca. Bateu de leve nas costas de Kemily, retirando algumas baratas. As que sobraram foram retiradas com a faca, cuidadosamente para não machucar a moça.
- Para de rir! – Kemily gritou ofegante para a irmã. Indianara tinha começado a rir quase no momento em que viu as costas da irmã. – Eu não vim gritando loucamente por causa de uma aranhinha.
- Ah, nem vem. Esse troço era enorme. – Indianara apontou para a aranha morta e mesmo assim não conseguiu parar de rir.
- Acho melhor irmos embora antes que mais alguma coisa aconteça. – Sam disse para Dean, que concordou com a cabeça.
Não havia outra opção: tinham que escoltá-las para fora e decidir o que fariam no dia seguinte.

- Dean... – Indianara chamou logo que chegaram ao motel.
- Hmmm?
- Vai comigo até o quarto? – Ela perguntou e ele olhou para ela com um pequeno sorriso no rosto. – Não quero ser mortalmente atacada por outra aranha gigantesca!
- Tudo bem, linda. Eu to aqui pra te proteger. – Dean respondeu pegando a arma e andando destemidamente ao lado dela.
- Também não força a barra, né?
Os dois subiram até o quarto enquanto Kemily e Sam ficaram checando os carros para ver se não encontravam nenhuma barata. Dean e Indianara revistaram o quarto inteiro até finalmente parar no meio deste. Só então notaram que estava chovendo.
- Não tem nada. – Ele declarou, ainda com aquele sorriso convencido no rosto. – Você pode dormir agora.
- Dean. Aranhas podem ser... – Ela concluiria o pensamento, mas, no mesmo momento em que falava, a luz apagou repentinamente.

E tudo o que havia era breu.

- Dean. Dean! Cadê você?! – Indianara perguntou estendendo a mão no escuro e pegando a faca com a outra. Arregalava os olhos, mas não conseguia enxergar nada.
- Aqui. Inddy? – Ele tentava achá-la também, mas resolveu parar de andar, assim ela conseguiria ir até ele. – Siga a minha voz.
- Ok... – A moça abanava a mão no escuro até que finalmente tocou algo que concluiu ser uma blusa. – Isso é você?
- Completamente eu. – Dean respondeu e, se a luz estivesse acessa, ela poderia ver um sorriso safado em seu rosto.

De repente a moça o agarrou.
Ele não entendeu nada.

- Não gosto de escuro. – Indianara se limitou a explicar, agarrada no braço de Dean.
- Escuro? Sério? – Ele perguntou sem acreditar. Afinal... Ela era uma caçadora!
- Eu tenho medo do que possa haver no escuro! – A moça respondeu um tanto irritada. – Sério. Com tudo o que a gente sabe, ficar no escuro sem o mínimo de luz é pelo menos um pouco assustador!
- Ok, linda, relaxa. – Dean disse passando um braço ao redor dela. – Se alguma coisa aparecer, eu estouro os miolos dela.
Indianara suspirou. Se Dean não estivesse lá, provavelmente estaria surtando atrás de luz.

- Inddy? Dean? Ta tudo bem? – Kemily perguntou batendo na porta do quarto, com Sam ao seu lado. Sabia que a irmã odiava escuro.
- Depende do que você define como bem! – Indianara gritou de volta, fazendo a irmã rir. – Quer entrar logo?
Kemily abriu com a chave e girou a maçaneta. Mas a porta não abria mesmo que ela quisesse. Tentou empurrar com mais força, mas não de certo. Forçou com os ombros enquanto tentava abri-la, mas nada.
- Sam... A porta não ta abrindo. Mesmo. – Ela disse e Sam tomou o lugar dela.
- Deixa eu tentar.
Ele tentou empurrar a porta inicialmente. Mas logo viu que não dava para ser simplesmente empurrada e que Kemily não estava passando por um momento repentino de fraqueza. Forçou com o ombro e, quando não deu certo, tentou dar alguns chutes. Daria um chute forte bem no meio da porta, mas percebeu que aquilo não daria certo e provavelmente quebraria seu pé, resolveu não fazer nada.

- Eles estão presos. – Declarou finalmente.

- A GENTE TA O QUÊ?! – Indianara gritou com delicadeza de dentro do quarto.
- Você tentou mesmo abrir essa porta?! – Dean perguntou em seguida, achando que o problema era Sam.
- Tentei, Dean. – O irmão respondeu olhando irritado para a porta. – Mas não abre. Vocês estão presos.
- Então vamos arranjar um jeito de tirá-los de lá. – Kemily respondeu dando de ombros e agarrando a camisa de Sam. – Gênio, preciso de você.

- Acho que no Impala tem um pé de cabra. – Sam comentou enquanto caminhavam pelo corredor.
- Ótimo. – Kemily disse já traçando mentalmente o caminho que teriam que fazer.
De repente, as luzes piscaram. Os dois foram diminuindo o passo até pararem no meio do corredor. Estavam sem as armas. Foram falar alguma coisa, mas uma fumaça branca saiu das suas bocas.

Havia um espírito por lá.

E quando olharam para a outra ponta do corredor, viram um vulto de vestido branco se aproximando lentamente. Parecia proposital para assustá-los.
- SAM PELO AMOR DE DEUS PAI SE LIVRA DESSA COISA! – Kemily começou a correr em todas as direções, sem saber para onde ir e onde se esconder.

E ele ficou olhando para ela sem acreditar.

- Você é uma caçadora com medo de espíritos?
- SAM! CALA A BOCA E VAI LOGO!
- Ok. Acalme-se, ou não conseguiremos fazer nada. – Ele disse realmente tentando deixá-la mais calma. Por cima dos ombros dela, viu o espírito se aproximando. Kemily virou-se para ver e deu um gritinho, escondendo-se atrás de Sam e abraçando-o. – Kemi... Você ta me sufocando.
- Então faz alguma coisa! – Ela respondeu agarrada na camisa dele e quase aderindo ao homem. Não soltaria a criatura por nada naquela vida.
Sam começou a pensar, mesmo sendo literalmente agarrado por Kemily. Enfim, não sobrou outra opção, tinham que ir para o carro.
- Vem cá! Vamos até o Impala! – Ele disse de repente e segurou uma das mãos dela, que custou para soltar de sua camisa.
Saíram correndo.

- Se depender dos dois, a gente fica aqui pra sempre... – Indianara comentou, agarrada na gola da camisa de Dean.
- Shhh... – Ele colocou a mão nos lábios dela. – Ouviu alguma coisa?
Os dois ficaram olhando para a escuridão do quarto, encostados à porta. De repente, ouviram algo parecido com patas. Uma respiração pesada. Um pequeno rosnado.

Cães do inferno.

- Dean... Dean... – Ela nem sabia direito o que falar além do nome dele. – Agora a gente morre mesmo.
Os dois se olharam. Viraram-se instantaneamente para a porta.
- SAM! Kemi! ANDA RÁPIDO, CARAMBA! – Gritavam juntos enquanto socavam a porta.
Ouviram as patas andarem vagarosamente pelo quarto. Conseguiram contar pelo menos dois daqueles bichinhos nem um pouco simpáticos. Encostaram de costas à porta e ficaram pensando no que fazer.
E as criaturas começaram a se aproximar.

Bem devagar.

- Tenta chamar aqueles dois. Eu me viro. – Dean disse virando a moça para a porta e se colocando na frente dela.
- Dean... Eu só deixo porque a gente ta no escuro. – Indianara respondeu. – Mas se sairmos vivos daqui, não vou deixar você me proteger desse jeito de novo.
Dizendo isso, Indianara o segurou pelos ombros e deu um beijo no pescoço de Dean, o melhor lugar que conseguiu achar naquela escuridão. Virou-se de costas e começou a bater na porta, chamando loucamente pelos irmãos perdidos.
Dean ficava atento a qualquer barulho além do barraco da moça atrás de si. As patas caminhavam, como se tivessem analisando a situação. E, de repente, começaram a correr.
Ele tentava descobrir o que fazer. Lembrou-se da faca de Indianara, estendendo a mão para trás e tateando a calça da moça em busca da arma. Finalmente conseguiu achar a cintura dela, tirando a faca do lugar e imediatamente esfaqueando a criatura que estava na sua frente.
E houve o silêncio.

Sam e Kemily ainda corriam de mãos dadas. Já tinham conseguido se desviar de diversas coisas atiradas pelo espírito e ataques aleatórios. Conseguiam ver o Impala estacionado na frente deles e nunca acharam aquele carro mais lindo do que naquele momento.
Sam empurrou Kemily para frente, correndo atrás dela e checando toda hora onde estava o espírito. Infelizmente, estava perto demais. Achou que iam alcançar o Impala no momento certo, mas o espírito ia conseguir alcançá-los antes.
Então Sam teve a melhor idéia que podia naquele momento. Segurou Kemily com toda sua força e jogou-a em cima do capô do Impala e jogando-se em cima dela, para protegê-la de qualquer coisa que acontecesse.

A gritaria no quarto cessou.

Ele levantou a cabeça e se apoiou nos cotovelos, dando uma distância entre o corpo dela e o dele.
- Não acha que ta se aproveitando da situação, não? – Kemily perguntou sem conseguir esconder o sorrisinho no rosto. Ele sorriu de volta.
Lembraram-se do espírito. Olharam para o lado e não havia nada.

Como se nada tivesse acontecido.

- O que foi isso? – Sam perguntou ofegante e sem entender nada.
- Não faço a menor idéia. – Kemily disse enquanto tentava normalizar a respiração. – Ah, Sam. Obrigada.
Ela segurou o rosto dele e o beijou. Sinceramente, os dois não pensavam em sair daquele capô muito cedo

. - Dean?! DEAN! – Indianara chamava achando que ele tinha sido estraçalhado. Estendeu a mão para a parede, encontrando o interruptor. Mas nem teve que fazer nada. A luz se acendeu.
- Oi, to aqui. – Dean disse ainda com a faca em mãos e procurando os cães do inferno. Sentiu alguém agarrando seu braço para que ele se virasse e deu de cara comIndianara.

Ela o abraçou.

- O que diabos foi isso? – Ela perguntou suspirando, completamente aliviada.
Dean não respondeu, pois não sabia a resposta. Somente a abraçou de volta quando entendeu o motivo do abraço. Sabia que ela tinha tido medo de que ele tivesse morrido. Sorriu inconscientemente por causa disso.
- E a Kemi e o Sam? – Indianara perguntou repentinamente, soltando-se de Dean e olhando para ele.
- Devem estar lá fora, no Impala. – Dean respondeu e foram até a janela, que dava para o estacionamento do motel.

E quando viram a situação de seus queridos irmãozinhos, não conseguiam acreditar.

Indianara virou para ver a reação de Dean, que estava completamente indignado. Ela começou a rir e não conseguia mais parar.
- Cara! Sério! No meu carro?! – Dean gritou e as crianças do Impala finalmente se tocaram que estavam sendo observados.
- Droga... – Kemily e Sam disseram juntos.
Queriam morrer.
- Vocês lá no carro e a gente morrendo aqui em cima. – Dean disse quando todos finalmente tinham conseguido se reunir no quarto das moças.
- Já disse que foi um acidente de percurso. – Kemily respondeu se defendendo. – Tinha um espírito atrás da gente.
- Isso não faz o menor sentido. – Indianara comentou suspirando, cansada e querendo dormir. Sam percebeu.
- Acho melhor descansarmos agora. Passamos por muitas coisas... Estressantes hoje. – Ele comentou e a moça olhou para ele com cara de agradecimento eterno.
- Mas... Sério. E se aquela coisa voltar? – Kemily perguntou quase em desespero, mas escondendo.
- O que você quer fazer? – Indianara perguntou de volta. – Dormir com o Sam?
E surgiu um momento de silêncio desagradável. Só foi desagradável, pois Kemily não confirmou nem negou. Somente permaneceu calada. Indianara abriu um sorriso imenso.
- Safada! – Ela disse e Dean começou a rir. Kemily ficou vermelha e Sam ficou com cara de vazio no meio do quarto. – Só deixo você ir se o Dean ficar aqui.
- Não acho bom deixar esses dois sozinhos em um quarto hoje. – Dean concluiu depois de um tempo. Estava sendo difícil dizer aquilo, pois queria ficar no quarto comIndianara. – Cara. Você tava em cima do meu carro.
- É verdade. Precisamos estar em boas condições mentais pra investigar essa... Coisa amanhã. – Indianara concordou e suspirou.
- Hora de juntar as camas? – Kemily perguntou e a irmã confirmou com a cabeça. Os Winchesters não faziam a menor idéia do que elas estavam planejando.
Elas tiraram o criado mudo do meio das camas e arrastaram para algum canto esquecido do quarto. Pegaram a cama de Indianara, que estava perto da porta, e empurraram até se grudar com a cama de Kemily.
- Não ia ser mais fácil se vocês dormissem na mesma cama? – Sam perguntou observando aquela cena estranha.
- Você não viu essa bruta dormindo. – Kemily apontou para Indianara enquanto arrumava os lençóis. – Ela me deixa roxa.
- Como se você fosse diferente. – Indianara respondeu dando de ombros.
- Já que ta tudo resolvido aqui, vamos voltar para o quarto. – Dean declarou e Sam já se adiantou para dar um beijo de boa noite em Kemily. – E sem beijos de boa noite pra você.
- Tudo bem. – Indianara disse com descaso, mas seus olhos eram desafiadores. Ele não esperava aquela reação. – Boa noite, Dean.
- Boa noite, Inddy. – Ele respondeu no mesmo jeito desafiador dela.
- Qualquer coisa, pode ir até meu quarto, ok? – Sam perguntou preocupado. Kemily sorriu.
- Não se preocupe. Vamos sobreviver. – Ela disse, fazendo-o rir. Em seguida, beijou-o. – Boa noite, Sam.
Os dois saíram do quarto e Kemily ficou um tempo discutindo com Indianara de como raios eles passavam um dia sem se dar um beijo sequer. E quando a irmã falou que era uma questão de orgulho, Kemily quase a esganou. Estavam deitadas em suas camas, uma de frente para a outra.
- Você não vai agüentar tanto tempo. – Kemily comentou. – Eu e o Sam não conseguimos resistir. E olha que o Sam não é tão safado quanto o Dean.
- Eu sei. Mas somos orgulhosos. – Indianara respondeu e a irmã quase surtou. – Me processe.
- Eu vou! – Kemily disse quase em um berro e cobriu a boca logo em seguida quando percebeu que tinha falado alto demais. Elas riram. – Ah, você e o Dean enrolam demais! Qual é o problema de admitir que gosta dele?
- Eu já falei que isso é invenção da sua cabeça. – Indianara disse rolando os olhos e ficando nervosinha. Kemily riu.
- Defensiva. – Ela disse ainda rindo. – Nunca achei que você ia se apaixonar por um cara como o Dean.
Kemily levou um tapa no braço, mas elas estavam com tanto sono que começaram a rir. Ficaram uma de frente para a outra, rindo, até fecharem os olhos e caírem no sono, antes que pudessem falar mais alguma besteira noturna.

Capítulo 5 – In your closet, in your head

No dia seguinte, alguém bateu na porta. Delas.
Kemily abriu os olhos e pegou o relógio. Quase duas horas da tarde. Se ela já estava achando aquilo relativamente cedo, Indianara ia ter uma síncope.
- Ei... Inddy... A porta. – Ela se limitou a resmungar.
- Vai atender. – Indianara respondeu resmungando também. Kemily jogou um travesseiro em cima dela e a irmã teve que abrir os olhos e encará-la.
- Você ta perto. – Kemily disse emburrada. – Já me zoou o suficiente ontem à noite por causa do incidente do Impala. Vai antes que eu levante daqui pra te esganar. Lentamente.
- Ok... – A irmã respondeu levantando-se lentamente. Tirou a faca que estava embaixo do travesseiro e prendeu na calça do pijama, uma calça cinza com uma blusa branca. Abriu a porta. – Dean. Sam. Tomara que vocês estejam aqui por um bom motivo.
Ela entrou e despencou na cama, sentando-se ao pé dela com aquela cara de sono. Kemily se limitou a lançar o olhar de morte por cima do cobertor. Dean e Sam pararam sorridentes no meio do quarto.
- Bom dia. – Disseram quando perceberam que tinham a atenção das duas.
- Bom dia. – Indianara disse mexendo na faca e com cara de poucos amigos, enquanto Kemily afundou a cabeça no travesseiro e resolveu ignorar.
- Vocês estavam mesmo dormindo até agora? – Sam perguntou escondendo o riso.
- Não. Estávamos na cama fingindo que era um navio. A Indianara era o Jack Sparrow e eu a Elizabeth Swann. – Kemily disse ironicamente. Queria matar Sam por entrar no quarto e fazer aquela pergunta.
- Isso porque a gente passou horas antes brigando sobre quem ia ser o Jack. – Indianara adicionou. Os dois ficaram olhando durante um tempo, decidindo se aquilo era brincadeira ou não. Vai saber. Elas eram malucas.
- Ok. A gente tava pensando em passar lá naquele depósito de novo e dar uma checada agora de dia. – Dean explicou antes que pudesse se criar uma discussão. – O que vocês acham?
- Eu não saio dessa cama, mas nem que vocês me amarrem e me carreguem para lá! – Kemily disse obviamente irritada. – Depois de ontem, to com um pouco de trauma de andar nessa droga de corredor!
- Ta vendo, Sam? Eu disse que elas não iriam. – Dean comentou. – Quem quer ir comer?
- Calma... – Indianara suspirou. – Acho uma boa checarmos de dia. Eu vou.
Sam olhou para Dean vitoriosamente. Ela se trancou no banheiro e saiu decentemente vestida para uma caçada diurna. Dean estava sentado ao pé da cama dela, enquantoKemily ainda estava estatelada em sua cama.
- Pronta? – Sam perguntou e ela fez que sim com a cabeça. – Ok. Não vamos demorar.
- E eu vou ficar aqui para cuidar dela. – Dean disse apontado para Kemily com um sorriso. Kemily ignorou e fingiu que estava dormindo.

O Ninety-Eight estacionou perto do galpão industrial que tinham ido à noite anterior. Sam e Indianara saíram do carro e pegaram algumas armas que levaram junto. Entraram no local.
A escuridão parecia ser praxe de lugares mal assombrados. Os dois andavam lado a lado, vagarosamente. Dessa vez combinaram que não iriam se separar e esquadrinhariam o local juntos, mas nem que aquilo demorasse o dia todo. E isso só para achar alguma pista sobre a criatura com a qual estavam lidando.
- Sério... Eu to ficando com ódio mortal dessa coisa... – Indianara comentou enquanto andavam.
- Como podem aparecer espíritos e cães do inferno o mesmo lugar? – Sam perguntou ainda intrigado com aquilo.
- E ao mesmo tempo. – Ela completou. – Sam... O que você sentiu ontem à noite?
- Como assim?
- Quando estavam sendo atacados pelo espírito? O que você sentiu?
- Não sei... – Sam tentou se esquivar da pergunta. Indianara levantou uma sobrancelha e suspirou.
- Eu fiquei com medo. Sinceramente. – Ela declarou após um tempo. – De estar no escuro com os cães do inferno. Que eles tivessem matado Dean.
Sam ficou observando-a por um tempo. A moça parecia impassível, olhando para os cantos do galpão e checando se alguma coisa não os aguardava no escuro. Ele suspirou.
- Eu fiquei com medo por causa da Kemi. – Sam disse finalmente. Indianara olhou com curiosidade. – De que o espírito pudesse machucá-la.
Nesse momento, alguma coisa se iluminou na mente deles. Os dois se olharam ao mesmo tempo, como se tivessem feito a maior descoberta do mundo. Não sabia se sorriam ou ficavam boquiabertos, se corriam para o carro ou checavam o resto do local.







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